Minha Fadinha das Mãos de Ouro!

Como é triste o despertar

O sol se mostra escandalosamente

À me dizer que a vida continua

O dia, neste calor tropical

À me dizer que existe vida após a morte

É óbvio, tu partiste e nós ficamos,

Todos nós somos "a vida após a morte"

Meio rasgados, com os corações aos pedaços,

Nós somos aqueles malabaristas

Aprendendo à viver sem ti.

Um dia é um vale de lágrimas,

No outro,

As risadas, lembrando

Das tuas façanhas

Como aquela do poema de "José Saramago",

Falando sobre os filhos,

E tu, inquieta, por não saberes o assunto,

Mas querendo opinar

Viestes com a lembrança de que o "Sal Amargo"

Prescrito por um médigo, foi quem matou tua tia...

E as milhões de agulhinhas espanhadas no sofá,

Á nos fazer acupuntura, eras a melhor acupunturista deste país

A melhos mãe,carinhosa,linda e perfumada

A artista de mil talentos

A nossa eterna Fadinha das Mãos de Ouro,

Choraremos todos os dias,

Deixastes a saudade,

Não deixastes o lenitivo

Viver sem ti, é um aprendizado

Que praticamos todos os dias

E o sol, como se à nos afrontar

Se poe escandalosamente

Todos os dias, à nos despertar

Lembrando que a

vida continua...continua...

Em nossos corações, o eterno vazio

Que é viver sem ti!

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 05/01/2013
Código do texto: T4068710
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