Ao meu pai

Ao meu amado pai

Bravo patriarca, volta para o seio de tua família, que por isto tanto anseia.

Tu que estendeste a mão a todos que de ti precisaram,

Não te poupaste do labor, nem do contínuo exercício de amar.

Riste, choraste, brincaste, carregaste, apoiaste de sol a sol.

Da mulher amada foste amigo, companheiro, amor e amado da velhice

Cobriste de carinhos e cuidados além do que ela necessitava.

Nas tuas muitas jornadas de dias mais recentes foste fiel e determinado,

Tiveste sonhos de palácios e joias para cobri-la de encantamentos.

E, tão de repente, caíste enfermo em dores,

Sofreste a dor dos que choram, como tantos de quem cuidaste.

Deixaste para trás um pedaço de ti, respirando com ajuda de aparelhos

E, imóvel, permaneceste calado, sem poder falar por dias.

Mas tua fé, tua força e tua coragem ergueram-te pouco a pouco,

De forma que esguio ainda hás de ficar, ereto e livre de amarras.

Sorridente e falante voltarás a ser.

E, então, melhor do que outrora haverás de retornar.

A Jesus, filho de Deus, meu consolo e gratidão por ti.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 03/11/2012
Código do texto: T3967074
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