Meu anjo querido

Bastinha (tia)

Não conto os dias, os minutos e horas e nem os anos que já não estás entre nós. E não conto por um único motivo, te sinto a cada momento em minha vida. Muito presente, no meu falar, no meu pensar, no meu agir. As vezes em um simples gesto que faço, sinto você. Mas sempre foi assim, não é? Sempre sabíamos ainda que não falássemos o que a outra queria, pensava, gostava ou não gostava. Sempre estávamos prontas para nos doar e parecia tão normal que nem me dava conta disso.

Muitas vezes alguém falava - Dona Basta te ama como se fostes filha dela - e eu me surpreendia - como pensar que não era? Nós eramos mais que filha e mãe, nós eramos cúmplices no amor.

Amor que veio de longe, quando uma mulher, quase menina, assumiu filhos que não eram seus.

E em vez de ser madrasta foi mais que mãe... Foi amiga, companheira, guerreira, mãezona e mãezinha. Doce quando quando era pra ser, durona quando a situação exigia.

Mas para dizer a verdade, continuo achando que eras um anjo, não só para mim. Tu eras o anjo de todos, nós. Marido, filhos (enteados), amigos, vizinhos, conhecidos e desconhecidos. O teu sorriso era luz e benção para os que te conheciam.

Verdade é, que quando partiste, fizestes a maioria dos que te conheciam ficarem um pouco órfãos. Órfãos da bondade em pessoa. Órfãos do amor e da cumplicidade. Porque eras cúmplices de todos nós. E a todos sabias dar mais que receber.

De novo e sempre quero agradecer a Deus. Por ter me dado uma mãe natural, aquela que me pariu para o mundo e por ao ter levado ela, me presenteado com uma que me pariu para a vida.

Te amo... Ontem, hoje, sempre!

Meu anjo querido... Sei que hoje estás a iluminar o céu e a cuidar de alguém... Porque sempre foi assim.

Então parabéns meu anjo!!! Que continues doar este teu sorriso! Será sempre iluminado quem for atingido por ele!