Meu pai

Meu pai chamava-se Joaquim

ele partiu pra longe de mim.

Ainda o guardo em meu coração,

como um exemplo de gratidão.

Ele foi um nobre homem,

que trabalhou com afinco.

Criou todos os seus filhos

num exemplo de união.

Nunca prejudicou um irmão,

sempre estendia a mão

àqueles que o procurassem

não lhes dizia não.

Em suas horas de lazer

vivia cercado pela família

e pelos amigos e filhos,

numa roda de confraternização.

Lembro-me da época de menina

quando não havia televisão,

papai reunia toda a gente

e contava causos de assombração.

Também causava uma bela admiração,

quando nos contava suas aventuras:

ao vir do Rio para São Paulo

para melhorar a sua situação

De profissão em profissão

ele não se cansava não,

aprendia de tudo um pouco

para não nos faltar o pão.

Meu pai foi realmente batuta

com ele não havia disputa

o dominó ganhava dos amigos

no baralho era um perigo.

Agora vou falar de amor:

em São Paulo papai se enamorou

de uma jovem muito formosa

que veio a ser sua esposa.

Estou falando de mamãe

a quem logo ele pediu a mão,

por isso estou aqui relatando

tudo isso que aconteceu.

Em nome dos meus irmãos

deixo gravada a homenagem

de um homem que muito nos deu

e certamente ele bem mereceu.

Marlene Couto
Enviado por Marlene Couto em 20/05/2012
Reeditado em 20/05/2012
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