JURANDIR ANTONIO

Quando soube que você meu amigo havia morrido, senti o luto em mim!

Durante muito tempo, era eu que ocupava o teu lugar debaixo da terra do qual jamais você pesara.

Depois me vi com olhos fechados, e como odiei você por ter ido antes de mim!

Quando finalmente, consegui a crueldade do egoísmo, senti um pronfudo ódio do criador.

Anos me afundei. Pensava, uma vez lá no fundo, bem ao fundo, pudesse livrar da dor que é saber que você já não existia mais.

Odiei a morte porque há queria como parceria e ela me renegava a vida. Enquanto isso os anos passavam e você já não estava nas nossas geografias, nos impérios antigos que estudávamos as políticas que debatíamos, a religião, a fé em Deus e nas tardes onde o sol partia e ficávamos a contemplar a noite que lentamente surgia.

Eu odiei a vida e comecei a odiar a morte. Quando já não restava mais nada pra odiar, olhei para os teus filhos e parei e pensei: você ainda existe!

Rapidamente fui revendo meus ódios, e aos poucos de terríveis foram se tornando hilários. Afinal, só podemos ter um pouco do que Deus nos deu aqui na terra, porque o todo, ele nos da no céu. Então entendi a vida. Entendi a morte dos bons, porque é nela que se regeneram os fracos, e eu era um dos fracos!

Meu querido amigo, mudei minhas paginas, de todos os meus livros.

E você estava certo. Um dia eu teria paz suficiente para amar a Deus.

Até :) !

dukarmo
Enviado por dukarmo em 11/10/2011
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