Hashiko, um Cão Cordato
(Para Ana Bailune)
Hashiko, um cão nascido em 10 nov 1923, em Odate, no Japão, é lembrado pela assombrosa lealdade ao seu dono. Hidesaburô Ueno, um professor da Universidade de Tóquio, que sempre amou cães, adotou-o e dele cuidou tão bem. Hachikō acompanhava Ueno da porta de casa até a estação de trens de Shibuya, voltando para encontrá-lo ao final do dia.
A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa à noite, impressionava profundamente os transeuntes. A rotina continuou até maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não desceu de seu usual trem, como de costume. (Ueno sofrera um AVC na universidade, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō.)
O animalzinho ali continuou comparecendo, às tardinhas, no momento do desembarque, na esperança do reencontro. E se afastava apenas quando a fome apertava. Fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados caminhantes.
A figura permanente do cão à espera do homem atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles já haviam visto Hachikō e o professor indo e vindo diariamente, no passado. Percebendo que o bicho aguardava em vão a volta do mestre, ficaram tocados e passaram a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília.
Ele envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 março 1934, morreu próximo à estação. Tinha 11 nos. Esperara o amigo por dez anos.
Sua morte ganhou as primeiras páginas dos jornais japoneses, e milhões de pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia, gerando um estado de comoção nacional. O Imperador concedeu, por decreto régio, um dia de luto oficial.
Enterraram-no, com pompas solenes e um funeral com honras de Estado, num canto da sepultura do professor Ueno, para que ele finalmente reencontrasse seu protetor.
Sua devoção à saudade do mestre impressionou demais o povo japonês, tornando-se modelo de dedicação à memória das famílias; pais e professores passaram a usar Hachikō como exemplo para educar crianças. Lendas e mais lendas começaram a circular.
Em 21 abril 1934, uma estátua de bronze sua, esculpida pelo famosíssimo escultor Tern Ando, foi erguida em frente aos portões da estação, com um poema gravado em relevo. A inauguração contou com a participação de uma incontável multidão.
Esta estátua transformou a Estação de Shibuya num ponto de encontro extremamente famoso e popular.
Todo dia 8 de abril se realiza uma cerimônia grandiosa na estação, em homenagem à trajetória desse animal inesquecível.
(Wikipedia) (Adaptação do Jô)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hachiko
Acessado em 30/07/2011.
Leia também: A Espera mais Comovente
(Para Ana Bailune)
Hashiko, um cão nascido em 10 nov 1923, em Odate, no Japão, é lembrado pela assombrosa lealdade ao seu dono. Hidesaburô Ueno, um professor da Universidade de Tóquio, que sempre amou cães, adotou-o e dele cuidou tão bem. Hachikō acompanhava Ueno da porta de casa até a estação de trens de Shibuya, voltando para encontrá-lo ao final do dia.
A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa à noite, impressionava profundamente os transeuntes. A rotina continuou até maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não desceu de seu usual trem, como de costume. (Ueno sofrera um AVC na universidade, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō.)
O animalzinho ali continuou comparecendo, às tardinhas, no momento do desembarque, na esperança do reencontro. E se afastava apenas quando a fome apertava. Fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados caminhantes.
A figura permanente do cão à espera do homem atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles já haviam visto Hachikō e o professor indo e vindo diariamente, no passado. Percebendo que o bicho aguardava em vão a volta do mestre, ficaram tocados e passaram a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília.
Ele envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Na madrugada de 8 março 1934, morreu próximo à estação. Tinha 11 nos. Esperara o amigo por dez anos.
Sua morte ganhou as primeiras páginas dos jornais japoneses, e milhões de pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia, gerando um estado de comoção nacional. O Imperador concedeu, por decreto régio, um dia de luto oficial.
Enterraram-no, com pompas solenes e um funeral com honras de Estado, num canto da sepultura do professor Ueno, para que ele finalmente reencontrasse seu protetor.
Sua devoção à saudade do mestre impressionou demais o povo japonês, tornando-se modelo de dedicação à memória das famílias; pais e professores passaram a usar Hachikō como exemplo para educar crianças. Lendas e mais lendas começaram a circular.
Em 21 abril 1934, uma estátua de bronze sua, esculpida pelo famosíssimo escultor Tern Ando, foi erguida em frente aos portões da estação, com um poema gravado em relevo. A inauguração contou com a participação de uma incontável multidão.
Esta estátua transformou a Estação de Shibuya num ponto de encontro extremamente famoso e popular.
Todo dia 8 de abril se realiza uma cerimônia grandiosa na estação, em homenagem à trajetória desse animal inesquecível.
(Wikipedia) (Adaptação do Jô)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hachiko
Acessado em 30/07/2011.
Leia também: A Espera mais Comovente