Pelé

E uma vez que não o veja

Quando entrega-me teu peito

Na turba acesa de um tempo

Em que o pé é o corpo todo

Em que cala-se ou vibram

O mesmo povo ao tempo

Da habilidade na jogada

Anterior ou no próximo minuto

E outra vez, pode ser que veja

Porque quem sente mais

É resultado do que escrevo :

O sofrido coração ou a mente

Que não pensa ...

E é um tempo que imagino

E nem posso crer que é real

Pois aquele terrível menino

Mais parece dois, ou três, além do normal.

Mas enforca-lhes o tempo

E não sorri o adversário

Dando asas, me conduz, a doce

Voz que embala este canário.

E o tempo se-lhe mostra que é real

Realeza, mais nobreza, é um rei, é imortal !

( Escrevi o poema em homenagem aos 70 anos de Pelé e fiz chegar os versos até ele. Recebi uma gentil carta do rei do futebol, em que agradece o poema e felicita-me pelo blog e pelos projetos musicais que fazem parte de nossa carreira. )

Aldo Moraes
Enviado por Aldo Moraes em 28/10/2010
Código do texto: T2583588