A Vila de Braz Carlos
O time estava reunido, numa cavaqueira no portão,
Numa explosão raiosa, aparece o carro do mal, o caverão.
Tentamos contestar sôbre a prisão, mas foi a revelia,
E agrupados como irracionais, fomos levados a Delegacia.
Na delegacia, o milico prestou esclarecimentos,
Vocês foram detidos, por não portar os documentos.
Após o levantamento, alguns vão embora, por não ter passagem,
Outros que devem a sociedade, vão ficar detidos por vadiagem .
O caiporinha vai embora, nada consta, é neto da dona Izola,
O lobão fica, furtou a cabra da Dona Eurora.
O zecão vai embora, nada consta, é estafeta da Cobrec,
O orecão fica, furtou um botijão de gáz no Ibecc.
O tuné fica, furtou pastel na feira e é marvado,
O né está liberado, é filho do Dito sordado.
O bareja fica, roubou um caminhão de melancia,
O fricão fica, furtou cigarro e sorvete na Padaria.
Hoje na Vila, o comentário é geral, estou muito magoado,
Fui a casa dos colegas e soube dos que ficou guardado.
Fiz uma promessa, ao santo das causas impossíveis, S.Expedito,
Para tirar da cadeira, o mirtão, o virgilio, o jeninho e o dito.