Nosso mártir!
O nosso mártir primeiro
Herói de um povo sofrido
Será sempre reverenciado e querido
Pois foi audaz,guerreiro.
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Nunca se conformou com a tirania
E os desmandos da Coroa Portuguesa
Tinha apenas uma certeza:
Que muito mais tempo isto não duraria.
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A miséria que aqui imperava
Fez surgir no seu peito a indignação
Era insustentável esta situação
E de uma solução precisava.
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Toda a nossa riqueza era enviada
Para os cofres Além-Mar
Enquanto os nossos viviam a se arrastar
Caminhavam por uma terra arruinada.
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Nós éramos obrigados a sustentar
Toda a opulência do Reino Luso
Precisava ter um fim este abuso
A Pátria tinha que livre voar.
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Sonhou com a igualdade
Quis fazer o que ninguém fez
Libertar o seu solo do jugo português
Cessar de uma vez com a crueldade.
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Mas seus planos fragassaram
Pois um vil covarde o delatou
E a Coroa rapidamente alertou
Então os sonhos de liberdade se dissiparam.
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Na forca pereceu
Teve o corpo retalhado
Seu lar foi salgado
E ali nada mais cresceu.
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Mais tarde finalmente retiramos
Os malditos grilhões
De nossos corações
Uma nação soberana nos tornamos.
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Daqui "asas bateu"
A gananciosa nação européia
E o pove salvas ergueu
Para quem teve de sonhar a idéia.
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O nome do traidor Joaquim Silvério
Se perdeu ao longo da História
Foi apagado da memória
Está envolto em sombra e mistério.
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Mas o seu,oh!Nobre Tiradentes
Está eternizado
No Panteão em letras áureas gravado
Estará sempre vivo em nossas mentes!
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Joaquim José da Silva Xavier
Que estes versos regojizem su'alma
É o que o coração tanto quer.
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Esta é minha verdadeira
Mas sei que singela homenagem
A tão ilustre personagem
Da História Brasileira!
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