Poema para um Velho Amor.

Traz em tuas mãos os traços do tempo e no rosto os sulcos
que te fez a vida.
No corpo alquebrado parecendo bem menor que outrora,
mostras como a goiabeira da história, que te envergastes ao
sabor dos ventos. Às vezes tufões, outras uma leve brisa.
Os teus olhos cansados já não alcançam a mesma distância e
os cabelos que antes caiam em cascatas cor de mel,
tornaram-se brancos tal qual a neve.
Já vai longe à esperança antes presente em teu belo sorriso,
mas te digo: ainda que não tenhas a leveza antiga da gazela e
nem a beleza da tigresa, és para mim a mais perfeita,
a mais bela entre todas as mulheres .
Tens o saber, a doçura e a experiência dos que muito já viveram e
aprenderam.
Teu semblante tem algo de sublime. És um ser com aparência angelical.
E quero dizer neste poema que nascemos para sermos um do outro,
estava escrito assim em cada estrela.
E mesmo que vivamos mais cem anos neste mundo, serás eternamente
meu grande, verdadeiro e único amor.
Arlete Araújo
Enviado por Arlete Araújo em 13/07/2010
Reeditado em 17/07/2010
Código do texto: T2375851
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