Súplica ao Destino
( Lady Noturna )
( Lady Noturna )
"Há sempre solidão em torno dos que caem."
(Sêneca, escritor romano)
Ora, se em tua ampla plenitude, tua apaixonante intensidade sensual, no estado de celestial felicidade constrois versos tão eternos, imagina na criativa solidão do abandono vindouro, nos páramos da evocação companheira, na involuntária presença de tantas ausências…
Vive, sim, vive tua aurora e teu dia --- mas sem olvidar que o esplendor é a véspera do ocaso.
Tenho um pedido, em nome da Literatura:
Morre drummondmente, ceciliamente, camõesmente, faulknermente --- jamais florbelamente.
Resiste ao futuro, que, além de confiscar teus breves momentos em flor, te instalará na alma, uma a uma, luzes inacendíveis, janelas inacessíveis e grades, grades, grades. Ai de teus pássaros!
Não, não pouses: voa e voa sempre! Finda no ar, on line, digitando, criando, publicando, presenteando, guiando, exortando a todos nós. Prossegue em êxodo: a Terra Prometida agradece.
O tempo te cumulará de mil vozes incessantes, de nome memória. Faze-as falar na tua arte, de preferência as mais discordantes e estranhas e extremas, e liberta as demais para os diálogos do dia.
Com as próprias mãos da noite, afasta a escuridão, essa cortina leve, transparente a cânticos suaves. Que tu és, Jesus-de-saias-e-rimas, a nossa luz no mundo da Poesia!
Continuo refém dos teus versos, impulsos ancestrais, sublimes cânticos das Trevas, da Vida, da Morte, da Fatalidade.
(Sêneca, escritor romano)
Ora, se em tua ampla plenitude, tua apaixonante intensidade sensual, no estado de celestial felicidade constrois versos tão eternos, imagina na criativa solidão do abandono vindouro, nos páramos da evocação companheira, na involuntária presença de tantas ausências…
Vive, sim, vive tua aurora e teu dia --- mas sem olvidar que o esplendor é a véspera do ocaso.
Tenho um pedido, em nome da Literatura:
Morre drummondmente, ceciliamente, camõesmente, faulknermente --- jamais florbelamente.
Resiste ao futuro, que, além de confiscar teus breves momentos em flor, te instalará na alma, uma a uma, luzes inacendíveis, janelas inacessíveis e grades, grades, grades. Ai de teus pássaros!
Não, não pouses: voa e voa sempre! Finda no ar, on line, digitando, criando, publicando, presenteando, guiando, exortando a todos nós. Prossegue em êxodo: a Terra Prometida agradece.
O tempo te cumulará de mil vozes incessantes, de nome memória. Faze-as falar na tua arte, de preferência as mais discordantes e estranhas e extremas, e liberta as demais para os diálogos do dia.
Com as próprias mãos da noite, afasta a escuridão, essa cortina leve, transparente a cânticos suaves. Que tu és, Jesus-de-saias-e-rimas, a nossa luz no mundo da Poesia!
Continuo refém dos teus versos, impulsos ancestrais, sublimes cânticos das Trevas, da Vida, da Morte, da Fatalidade.