O PROFESSOR

Neste 15 de outubro, data em que se comemora o Dia do Professor, venho a este meio de comunicação para dizer-lhe o quanto sou grato a essa sofrida categoria, que é espezinhada pelos discípulos, diretores e patrões.

Se não fossem os professores, como eu estaria aqui escrevendo este texto? Pois não foi por meio deles que aprendi as coisas do idioma que uso para me expressar?

Aqui neste iníquo país, um professor precisa ter muito amor à profissão para manter-se no magistério, pois se depender de apoio de quem quer que seja, haverá extinção da categoria.

Com a LDB (Lei 9394/96), para que alguém possa lecionar numa Instituição de Ensino Superior, terá que fazer uma licenciatura e uma pós-graduação, no mínimo. É mais desejável que depois faça mestrado, para garantir. São no mínimo seis anos de estudos de nível superior. É um investimento de tempo e dinheiro que deveria ser reconhecido pela sociedade e pelo governo.

O que acontece é o contrário. O magistério é uma das profissões mais abandonadas, mas desprezadas deste monstruoso país.

É urgente que se faça alguma coisa. Já estamos perdendo o bonde da história, com este atraso de pensamento em relação àqueles que são os "pais" de todas as profissões.

Parabéns, professores, pela coragem de manterem seu entusiasmo, por tirar de si mesmos as forças necessárias para se manterem nessa profissão sem reconhecimento, num país injusto, corrupto e cheio de autoridades incompetentes e desonestas.

Peço a vocês (professores inscritos no Recanto das Letras) que escrevam também, pois quanto mais escritos, maior consciência dos leitores.

Um grande abraço a todos os professores e professoras do Brasil, quer sejam do pré-escolar ou atuem nos cursos de nível superior, ensino médio ou fundamental.

António Fernando
Enviado por António Fernando em 15/10/2009
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