As formigas no caminho

No centro de Piracuruca algumas ruas são de pedras de ardósia, que foram colhidas das margens do rio, do lado norte deste. Às vezes, as carroças passavam para ir buscar dessas pedras entre corridas de meninos, os caroneiros. Aqui e acolá um deles quebrava o cabresto dos chinelos, xingava a mãe do outro (sem darem-se conta do que faziam) e sentavam-se no ferro central da roda sem serem vistos pelo carroceiro. Sonhavam com o tempo em que teriam uma bicicleta...

O tempo passou. Um de meus netos caminha chorando em meu quintal tudo porque uma pedra de ardósia com muitas formigas caiu em cima de seus pés – o menino brinca de transportar pedrinhas de piçarra com seu carrinho de um lugar para outro.

Oh, vontade de sorrir-lhe, mas vou é lavar seus pés com água fria! Criança tem um choro tão particular!

a manhã começa –

meus pés passam próximo

de dois formigueiros

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 12/01/2017
Reeditado em 12/01/2017
Código do texto: T5879845
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