Lua de sangue
Eis que a Terra se intromete entre o Sol e a Lua. Pensando que a mataria de inanição, ao negar-lhe a luz solar, engana-se. A Lua reage, embrabece, alimenta-se de parcos fluídos do astro-rei, a despeito da sombra que o planeta projeta. De sangue se avermelha, cheia. Momentos depois, aos poucos, ressurge novamente prata... e mais bela.
Estranha, essa Lua
que surge rubra no céu;
tão cheia, menstrua.
_______
N. do A. – Na ilustração, o eclipse lunar; imagem captada na Internet.