Ainda mal despertas pelo brilho das estrelas,  eis que passeiam, livres, brancas e soltas neste infinito azul safira... Quem  sabe  a brisa marinha as desinquietou
do seu sossego noturno e dançam agora, em alegre jogo de roda, como que
querendo me acordar... E sua brancura é tanta que enternece o olhar.
Como  pôde  o  Pintor  dos  pintores  inspirar-se  tanto  assim?
A cada manhã: uma obra de arte que não me canso de aplaudir!




HAICAI  LIII

Despenteadas,
as nuvens, pela manhã,
cedo despertam 


Ana Flor do Lácio






Bailam, rodopiam
Despenteando meu céu
Rebeldes nuvens 


(Luiz Moraes)






Feito algodões
revestindo as almas
Ocultando sol

(Giovanni Pelluzzi)






Mais despenteada
Vou eu a procura delas
em meu imaginar

(Folhinha)






Vêm carregadas
Com gotas cristalinas
Chuvas de verão 

(Oliveira Rosa)






Como algodão, no azul do céu,
serenas deslizam tão sublimes
que aos meus meus olhos teimam em encantar. 


(Valdir Barreto Ramos)






minhas doces cãs
reflexos das nuvens brancas
flutuam ao vento 

(Afonso Martini)






Flocos de algodão
elas passeiam e se vão
São nuvens são sonhos

(HLuna)
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 09/02/2012
Reeditado em 10/02/2012
Código do texto: T3488583
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