Pontuação
Os poemas, escrevo para serem lidos e ditos. Não recito. Não declamo. Digo. Escrevo com o ritmo e a musicalidade que me inspiram. Sugerindo o movimento e que se cante essas frases sem interrompê-las linha a linha, proíbo-me em esses fins de linhas, o ponto ou a vírgula. Continue, prossiga... onde esses "rios" desabam em cachoeiras, somente: dois pontos, exclamação, interrogação, reticências... Esse ponto, buraco de bala, mata a vida. Fim de questão! Fim da canção, linha a linha... Essa vírgula desanda a valsa de nós dançarmos. Pensando demais, pensando em tempo, perdendo o sentimento, perdemos o compasso. Daí, nessa dança, piso no seu pé e você no meu, já que formamos par, autor e leitor.
NOTA: determinei esta regra para pontuação de meus poemas, em 2002 quando trabalhava em meu livro "Palavras Emprestadas".