Isto Dói: "Iremos Estudarmos"

O mundo regurgita de preguiçosos. Estes não trabalham nem querem

estudar. Mas, pelo amor de Deus, não agridam, seus preguiçosos, os tímpanos indefesos dos interlocutores nem firam de morte a Língua Portuguesa com expressões extravagantes tais como:

Não vamos trabalharmos

Não iremos estudarmos

Se quiserem, podem até dizer assim:

Vamos vagabundar

Iremos arruaçar

Vocês não terão, com certeza, um futuro promissor, mas, pelos menos, não maltratam o vernáculo!

Bom! Para o uso do infinitivo pessoal (aquele que se refere a alguma pessoa do discurso), duas normas básicas devem ser observadas:

Quando, num período composto por subordinação, o sujeito do verbo da oração principal não coincidir com o do infinitivo (na oração subordinada), quando isso ocorrer, deve-se flexionar o infinitivo:

(EU) Vim de Campina Grande para (NÓS) estudarmos.

Está claro: 'Vim' tem EU como sujeito. O sujeito de 'estudarmos' é NÓS.

(TU) Vieste aqui para (ELES) trabalharem?

A outra norma essencial é evitar flexionar o infinitivo de uma locução verbal: Vamos comermos (ai!), por exemplo.

Em se agindo conforme o recomendado acima, há poucas possibilidades de erros no uso do infinitivo pessoal ( o impessoal, é claro, nunca se flexiona!).

Por exemplo, neste caso:

É preciso os jovens ESTUDAREM para que tenham um futuro melhor.

Nesse exemplo, como o sujeito está claro na oração, penso haver poucas possibilidades de erros.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 13/02/2012
Reeditado em 15/02/2012
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