Erros, Equívocos e Lapsos

Temos a tendência de colocar todo "deslize" em que incorremos numa vala comum: A dos erros.

Isso é "errado".

Só se comete um erro quando incorremos numa falha ou "deslize"

por ignorância. Assim, todo erro que cometemos, quando escrevemos, por exemplo, necessariamente é sem perceber. Do contrário, não o cometeríamos. Claro que há exceções. Podemos, por questões estéticas, literárias, ou outras quaisquer, em prosa ou verso, escrever algo "errado". Não sei se seria apropriado falar em "erro voluntário", pois o conceito de erro implica a idéia (este ainda não é um "erro" rsrs) de não acertar por não saber, portanto, por não perceber. Penso que seria melhor falar em "deslize consciente".

Abro um parêntese aqui para comentar algo: Só não erra em Língua Portuguesa quem não escreve. O idioma é tão complexo, tão cheio de sinuosidades e exceções que NÃO ERRAR é a exceção. Errar é a regra. Isso é um recado para as pessoas que não escrevem por medo de incorrer em erros e, portanto, revelar suas ignorâncias. Isso é tolice. "Ninguém nasce sabendo". Aprende-se no exercício. Quando alguém, porque leu mais do que você algumas regras de Gramática, quiser zombar de você ou criticá-lo, faça tal qual Jesus: Mande atirar a primeira pedra aquele que nunca errou em linguagem. Pode ter certeza: Pedra alguma atingirá você!

E o equívoco? Este ocorre quando envolvem dúvidas. Entre duas ou mais opções, você não sabe qual é a certa e opta pela a errada (ops!).

O lapso se comente por distração, por inadvertência, por falta de atenção.

Na linguagem corrente, costumamos usar um termo por outro, sem medo de sermos castigados, ou por ignorância. E isso, é ou não um erro?

Na linguagem mais formal, no entanto, devemos ficar atentos a esses pormenores.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 19/01/2012
Reeditado em 19/01/2012
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