Num Aspecto Gramatical, O que É obrigatório Em Inglês É Proibido No Português, E Vice Versa

Ao ler “Pronome Excessivo” do escritor Loro Martins, aqui no Recanto Das Letras, veio-me a seguinte constatação:

Num aspecto gramatical, o que é obrigatório no inglês é proibido no português, e vice versa:

O uso dos pronomes possessivos adjetivos antes de objetos de uso pessoal, partes do corpo, peças do vestuário, é obrigatório no idioma shakespeareano. Nele é vedado o uso dos artigos antes dos referidos substantivos.

Já na língua camoniana, tais pronomes possessivos, em iguais casos, não são admitidos. Em vez deles, usam-se os atigos.

Exemplos: “I cut MY leg”. Em português, temos que escrever: “Eu cortei A perna”.

A explicação em português sabemos. Escrito dessa forma, já se sabe que a pessoa cortou a própria perna. No caso de ter cortado a de outra pessoa, era só dizer assim: "Cortei a perna de João", por exemplo.

Mas, e em inglês, qual a explicação para a obrigatoriedade dos possessivos?

Sabemos que em nosso idioma, devido ao fato de os verbos terem conjugação própria para cada pessoa do discurso e cada número (singular ou plural), é muito fácil deixar o sujeito apenas implícito neles. Em inglês, o sujeito tem de estar explícito em cada oração para que haja clareza.

Será que a explicação da obrigatoriedade do uso dos pronomes possessivos em inglês não tem algo a ver com a clareza também?

Ou se trata apenas de uma questão idiossincrática da língua inglesa?

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 15/01/2012
Reeditado em 26/06/2016
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