Mais Sobre Acentuação: Casos Especiais

Sobre acentuação, já vimos que a regra geral para as palavras proparoxítonas é a acentuação gráfica, sem exceção. Para as paroxítonas, a não acentuação gráfica é a regra, com exceções. Estas têm muito a ver com a acentuação das oxítonas: Uma palavra oxítona cuja terminação (A, AS, E, ES, O, OS, Em, Ens) exige acento gráfico, se for paroxítona, este é repelido. Há outras terminações (U,I, L, R...) em que as oxítonas não exigem acentuação gráfica. Nesses casos, e quase que só nesses casos, as palavras paroxítonas exigem acentos gráficos.

Vejamos agora outros casos de acentuação gráfica.

Vimos que as palavras oxítonas terminadas em U(S) e I(S) não são acentuadas. Porém, caso se trate de hiato, o acento é exigido: Jaú, tambaú, ariús, pajeú, daí, chuí, detruí-la, sabiá.

Que os monossílabos tônicos terminados em A, E e O são acentuados (igual ás oxítonas), porém os que tiverem por terminação EM e ENS afugentam o sinal gráfico: Cem, bem, bens, trem. Igual às oxítonas, os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s), continuam com acentos: Dói, sóis.

O pretérito perfeito e o presente (quando terceira pessoa plural do indicativo), que são homógrafas (andamos, comemos, falamos), podem ser facultativamente distinguidos: Andámos (pretérito), andamos (presente).

Facultativa é também a distinção, com o circunflexo, entre os substantivos FORMA FÔRMA.

Somente PÔR (verbo) e PÔDE (pretérito perfeito do indicativo) continuam com acentos para se distinguirem de suas homógrafas POR (preposição) e PODE (presente do indicativo).

TER E VER e seus derivados continuam com seus acentos diferenciais (de singular e plural): Ele mantém..., eles mantêm..., ele tem..., eles têm..., ele intervém..., eles intervêm....

Como o acento de PARA (verbo) caiu, palavras como para-brisa, para-choque e para-lama não levam mais acentos gráficos.

Nas paroxítonas, o I e U continuam acentuadas depois de ditongo crescente (lembrar que depois de ditongos decrescentes, o acento gráfico caiu). Exemplo: Guaíba.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 07/01/2012
Reeditado em 08/01/2012
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