A ANTONOMÁSIA E A PERÍFRASE
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Figuras de Linguagem Aparentadas
1. A Antonomásia
É uma variante da metonímia, ou seja, uma substituição de um nome por outro que com ele tenha relação, isto é, designamos uma pessoa pelos seus atributos ou por uma qualidade, ou ainda por uma característica (ou fato) que a distingue. A antonomásia é muito utilizada nos textos escritos e falados. Veja alguns exemplos:
• O Divino Mestre passou pela vida praticando o bem.
• O Poeta dos Escravos morreu na flor dos anos.
Eis uma pequena lista de antonomásias:
O Poeta dos Escravos - Castro Alves.
O Patriarca da Independência - José Bonifácio.
O Águia de Haia - Rui Barbosa.
O Salvador, o Nazareno, o Redentor, O Divino Mestre - Jesus Cristo.
O Herói de Tróia - Aquiles.
O Berço dos Faraós - Egito.
O Herói das Termópilas - Leônidas.
O Pai da Medicina - Hipócrates.
Na linguagem popular, o apelido, a alcunha é uma forma de antonomásia.
2. Perífrase
Do grego perifrasis = em torno da frase, também conhecida por circunlóquio, rodeio; consiste em substituir uma palavra por uma série de outras, de modo que estas se refiram àquela indiretamente:
• A dama do teatro brasileiro foi indicada para um Oscar.
Em lugar de nos referirmos diretamente a Fernanda Montenegro, criamos a perífrase "A dama do teatro brasileiro".
Outros exemplos:
• Visitamos a Cidade Eterna (= Roma).
• Ultima flor do Lácio (= língua portuguesa), inculta e bela. (Bilac)
• O astro rei (= sol) brilha intensamente.
• Aquele que tudo pode (= Deus) nos protege.
• O país do futebol (Brasil), é adorado por seus filhos.
• As pessoas que tudo querem (= os gananciosos) nada conseguem.
Tendo em vista os exemplos dados, é de se notar que a perífrase é muito parecida com a antonomásia; tanto é que muitos autores não fazem distinção entre essas duas figuras, ou mesmo confundem uma com a outra. Em termos práticos, a antonomásia refere-se somente a nomes próprios; e a perífrase serve para substituir qualquer palavra, seja ela um nome próprio ou não.
"No geral, a perífrase é utilizada como uma quebra de estilo para evitar a monotonia das frases feitas e criar novas relações metafóricas." (MOISÉS, Massaud. A Criação Literária; São Paulo: Cultrix, 1966.)
Cultivada desde a Antiguidade Clássica, a perífrase alcançou notoriedade durante o Barroco. Depois passou a ser menos apreciada; hoje aparece, na literatura, apenas esporadicamente. ®Sérgio.
Outras Figuras: (clique no link)
A Metáfora e suas Ramificações.
Aliteração, Assonância e Paronomásia.
Lítotes – Figuras de Linguagem.
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Para maiores informações sobre o assunto ver: Rocha Lima, Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
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