FIGURAS 5 (PLEONASMO E HIPÉRBOLE)
"Deu flores à primavera, ah! deu-me esta voz a mim". Esse trecho da música FOI DEUS, interpretada por Agnaldo Timóteo e também por Ângela Maria, contém um pleonasmo, ou uma redundância, algo que repete um termo da oração. O pronome ME em "deu-me" (o mesmo que a mim) é objeto indireto do verbo bitransitivo DAR. Dá-se algo a alguém. O mesmo termo (objeto indireto) se repete no final do trecho citado. Ou seja, o objeto indireto aparece duas vezes, numa linda construção do nosso idioma.
Outro tipo de pleonasmo, não muito elegante, é o pleonasmo vicioso, que deve ser evitado por escritores que zelam pela harmonia do texto e do discurso oral. É a redundância de significado. Subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro, por exemplo, são formas de pleonasmo vicioso. Subir já significa movimento para cima; dispensa, portanto, a explicação "para cima".
A hipérbole é outra figura que pode enfeitar uma obra literária. Consiste no exagero dos fatos. Chorar rios de lágrimas é uma hipérbole. Morrer de rir é hipérbole também.
Simples, não?