QUESTÃO DE GOSTO

Apesar de concordar muito com os linguistas, com relação à fala, eu discordo daqueles que afirmam que a escrita pode ser à vontade também. Não. Não gosto de escrever fora dos trilhos da "norma culta". A não ser que a norma não seja muito coerente. Então eu crio minha norma.

A voz passiva dos verbos cria uma grande incoerência nessa classe gramatical. Já falei sobre isso no texto COISAS QUE A "NORMA CULTA" NÃO EXPLICOU. A norma diz que o verbo é invariável no que tange ao gênero. Não existe verbo no masculino e verbo no feminino. Então me diga qual é a classe gramatical da palavra em caixa alta, abaixo:

A casa foi PINTADA pelo homem.

O prédio foi PINTADO pelo homem.

Além de a norma culta dizer que se trata de verbo (pintar - voz passiva) ela não explica por que há flexão do masculino para o feminino. Se pelo menos a Srta. Norma dissesse que é uma exceção, eu até poderia tentar engolir. Mas nem isso ela faz. Diz que é verbo ao mesmo tempo em que apregoa que o verbo não varia em gênero. Não é de lascar?

Citei esse caso para mostrar que a norma falha, e que é preciso corrigi-la, pois gosto de escrever dentro das normas. Então eu digo que não é verbo, ou digo que é uma aberração normativa, ou que é uma exceção à norma. Só não posso ficar calado.

Se verbo indica ação, deveria ser ação do sujeito. O sujeito é aquele que age, ou quele que apresenta determinado estado (nos verbos que indicam estado, ou verbos de ligação). Na frase acima, eu digo que o sujeito é o homem. O prédio é o objeto direto, como seria na frase O HOMEM PINTOU O COLÉGIO. Foi pintado é o predicado verbal, já que as duas frases têm exatamente o mesmo sentido. Se têm o mesmo sentido, não se pode mudar o objeto para sujeito, nem o sujeito para agente da passiva.

Tirando essas bobagens da gramática, eu gosto de escrever "aprumado", dentro de certos limites normativos. Procuro fazer o possivel. O meu texto tem que estar perfeitamente acentuado, pontuado, ortografado. Se houver qualquer deslize em meu texto, eu dou plena liberdade a qualquer leitor, autenticado ou não, de enviar-me comentário ou e-mail dizendo que está incorreto e apontando a maneira correta de escrever. Mesmo que seja simples erro de digitação, eu muito me alegrarei em atender ao revisor do texto, efetuando a devida correção.

António Fernando
Enviado por António Fernando em 04/08/2009
Reeditado em 05/10/2009
Código do texto: T1735407
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