COMO FICA A PRONÚNCIA DE LÍQUIDO NA REFORMA?
Essa pergunta pode parecer estranha, se considerarmos que a Reforma Ortográfica não contempla a fala da boca, mas somente aquilo que "falamos" com o lápis no papel ou com o teclado no monitor do computador.
Por que então me pergunto isso? Porque ainda não vi na Rede Globo aula alguma sobre essa questão, e porque a palavra LÍQUIDO era redundante na escrita (admitia a forma LÍQÜIDO com trema). Como o trema exercia influência na pronúncia, a letra U era pronunciada (com trema), ou era muda (se optássemos pelo não uso do trema). Na fala não havia problema, pois quando falamos, não nos preocupamos com a maneira como se escreve o que dizemos.
E agora, que estamos orfãos do trema, como fica esse filho LÍQUIDO? Eu vou tomar uma decisão que já pode estar aceita ou condenada em alguma gramática lançada no "Pós-reforma": Determino para mim mesmo que falo a palavra LÍQUIDO do jeito que eu quiser, como já o fazia legalmente antes da reforma. A sua variante com trema (líqüido) morreu, será enterrada no final do prazo de adaptação às novas regras, mas na fala ela é imortal, pois está viva em nosso falar (oralidade) e ninguém ousaria levantar um dedo contra a nossa fala.
Agora vou confessar um segredo somente para quem lê os meus textos aqui do RL: Eu nunca usei a palavra LÍQÜIDO com trema, nem na escrita nem na pronúncia. Acho LÍQUIDO mais harmônico.
Advirto, porém, que não deixem de colocar o acento agudo no primeiro "I", pois é uma palavra PROPAROXÍTONA. Que nome feio!