VERBO NO INFINITIVO

Este tema é um pouco complexo e traz situações em que alguns gramáticos aceitam a forma flexionada e a não flexionada. Quando esses deuses aceitam, (admitem o infinitivo flexionado, ou não flexionado) os pobres mortais podem escolher a maneira que achar mais bonitinha. O mais importante, repito sempre, é que não haja dúvidas quando ao sentido da frase e também que não fique deselegante (desarmônico aos nossos ouvidos). Se os deuses concordam, os mortais têm o direito de concordar.

Então vamos iniciar a exposição do tema. O infinitivo puro é o nome do verbo: CORROMPER, PREVARICAR, ROUBAR. As formas flexionadas são a soma do nome do verbo e da desinência (terminação). VOTARMOS, VOTAREM, APRENDERDES, APRENDERES.

Antes de aprofundar o tema, vou conjugar um verbo no futuro do subjuntivo:

QUANDO EU DENUNCIAR QUANDO NÓS DENUNCIARMOS

QUANDO TU DENUNCIARES QUANDO VÓS DENUNCIARDES

QUANDO ELE DENUNCIAR QUANDO ELES DENUNCIARES

A conjugação acima trouxe a ideia de tempo. Utilizando as mesmas pessoas verbais, poderíamos substituir o conectivo QUANDO pelo SE, que daria a ideia de condição.

Para não prejudicar o aprendizado, não falarei muio sobre o assunto. É melhor que o tema se espanda após as perguntas dos leitores. Vou citar os exemplos mais comuns e a maneira "certa", isto é, adequada à norma culta, bem como a maneira proibida. Também citarei os casos onde não há proibido.

Começo pela parte SEM polêmica. No futuro do subjuntivo, todos concordam. É o que já foi mostrado com o verbo denunciar. O verbo deve concordar com o sujeito. Nisso, os gramáticos estão unidos.

Orações iniciadas pelas conjunções A, PARA, POR, com sujeito no plural, flexionam o verbo (que está na forma infinitiva).

- Fiz o texto PARA os alunos APRENDEREM mais sobre verbos.

- Saíram correndo, POR ESTAREM apressados.

- Ao SAIRMOS, começou a chuva.

Há casos em que flexionar é "proibido" nos 10 (dez elevado à potência infinita) mandamentos das leis dos deuses gramaticais. Quando há uma locução verbal, o verbo principal não flexiona. Assim, OS ALUNOS QUEREM APRENDER. Nunca utilize OS ALUNOS QUEREM APRENDEREM. Fica muito feio para os ouvidos. Nisso, até eu concordo com os gramáticos. Acho ruim de tolerar.

Situações de infinito aceito nas formas pura e flexionada:

Quando há um inifitivo na vós ativa, após conectivo A. Vejamos: A leitura ajuda as pessoas A APRIMORAR seus conhecimentos. Ou ainda: A leitura ajuda as pessoas a APRIMORAREM seus conhecimentos. Em virtude de haver gramáticos que aceitam as duas formass, e de o presidente não dar pitaco por meio de decretos para obrigar ou proibir, usemos o que acharmos mais elegante. Eu prefiro e acho mais elegante o singular. E não acho muito aceitável o plural nesses casos. Só um pouquinho aceitável. Mas eu não sou um dos deuses gramaticais. Minha opinião aqui não obriga a coisa alguma. No entanto, tenho o direito legal e gramatical de escolher, já que eles (os "deuses") estão, de certa forma, divididos.

Se os leitores não entenderam, posso reformar todo o texto, pois é um tema que, além de um pouco complexo, ainda traz pontos de polémica entre os gramáticos, quando uns aceitam e outros, não, a forma flexionada.

Deixem-me falar apenas mais dois casos em que não se flexiona o infinitivo:

- Quando há a idéia de imperativo, de ordem: AVANÇAR, COMPANHEIROS!

- Quando não há um sujeito expresso: LER é muito divertido; ESCREVER bem é consequência da boa leitura.

Até a próxima!

António Fernando
Enviado por António Fernando em 25/07/2009
Reeditado em 29/09/2010
Código do texto: T1718415
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