Nada posso II

Nada posso diante da etiqueta de validade cruel e invisivel que colocastes no meu pescoço quando nasci. Nada sei sobre tí, oh poderoso criador do universo, astuto e resoluto que dizem ter poder absoluto sobre meu destino. Não pedi pra nascer, não sei o meu dia de morrer e queres que eu me ajoelhe aos teus pés para pedir clemencia e perdão por algo que vós mesmo, me mandastes fazer. Tú és um arrogante criador, sádico e contigo não quero estar, pois mesmo resignado, me rebelo diante de ti, nada pedindo para não ter o que agradecer. Cuide dos outros, pois de mim cuido eu.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 12/12/2013
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