PURGATÓRIO: O ORGULHO DO ENGODO (II)

FRASE 1 - No purgatório, a ideia básica é a de preparar a pessoa para que possa ver Deus; na igreja atual o conceito é o mesmo, afinal somente sendo assíduo em missas e liturgias, orações e jejuns, e outras autopenitencias que podemos ver a face de Deus. Os sofrimentos que aqui enfrentamos, envolvendo crimes, crises sociais, desentendimentos, vícios, guerras, ganância, e muito mais, originam-se, essencialmente e principalmente, de nosso comportamento. Os problemas naturais, como terremotos, tempestades, maremotos, tufões e secas, ocorrem em função das agressões injustas, cometidas pelo homem contra a natureza.

FRASE 2 - Que coisa idiota este ser chamado homem, de origem primata, se autoproclamar a si mesmo doutor. Cultua a idolatria, pratica o adultério, revigora-se na cobiça; não sabe ele que tudo isto é irremediavelmente orgulho. Entre nós alguns conhecem partes das verdades a mais que outros, mesmo assim os que não conhecem nada de verdade ainda são culpados. De que serventia tem amar-se a si mesmo? Os humanos arrotam: “neste mundo entrei nu, dele vou sair nu”!

FRASE 3 - O que nos salvam são aquelas igrejas que ficam abertas o tempo todo; naquelas campanhas para encher o rabo de dinheiro. São sessões de descarrego, para livrar-nos dos encostos; só não fazem despachos com galinha preta e farofa, mas usam ainda enxofre, arruda e sal grosso para afastar o demo. E os fiéis que ficam possuídos, são os mesmos que compõem a plateia. As pessoas entram em transe, dão gritos e ficam aflitas. E deitam ofertas e prendas (dízimo?)! Só os pastores dão risadas, pois seus bolsos estão abarrotados de grana.