Primeiros parágrafos para um Exercício Criativo
 
Faço birra para algumas palavras e tento não repeti-las: duas delas são das extremidades e as extremidades me assustam porque não podem estabelecer certezas. Por isso quando preciso usá-las, seja escrevendo ou verbalmente coloco uma companheira salvadora junto: quase.

Faço birra para palavras e nunca as repito. Duas delas são das extremidades e as extremidades sempre me assustam porque nunca podem estabelecer certezas. Por isso sempre que as uso, seja na forma escrita ou oral, sempre coloco uma companheira salvadora junto: quase.

Faço birra para algumas palavras e quase nunca as repito. Duas delas são das extremidades e as extremidades quase sempre me assustam porque quase nunca podem estabelecer certezas. Por isso quase sempre quando as uso, seja na forma letral ou vocal, coloco uma companheira salvadora junto.

Fico muito aborrecida ao conversar com pessoas que sempre têm certeza absoluta de tudo e nunca estão erradas. Quem tudo sabe e nunca erra quase sempre pouco sabe e muito erra.

Entre o sempre e o nunca há uma distância inatingível a menos que encontrem pelo caminho uma palavra: quase.

Nem sempre o que defino como para sempre o é porque nunca as definições humanas são absolutas.

Nunca brinque com a palavra sempre porque ela pode traí-lo.

Sempre brinque com a palavra nunca porque nem sempre ela é definitiva.

Algumas pessoas nunca cometem o mesmo erro, mas outras sempre o fazem.

Algumas pessoas sempre cometem o mesmo erro, mas outras nunca.

Nunca é tarde demais para se começar qualquer coisa, sempre é possível fazer algo a respeito


Este texto faz parte dos Exercícios Criativos. Leia os outros autores participantes:
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