Amor de Pedra

Era uma vez...

Um camponês, mestiço e sem altivez

Congelado pelo feitiço da timidez

Quando caminhando com sua foice em riste

Cantarolava a solidão em notas tristes

Paralisado, via o mundo passar

Agora mudo, só havia pesar

Pensamentos de pedra

Monumento tomado pela hera

Até que uma nobre e destemida princesa

Sem traço esnobe e preferida da realeza

Na sua beira, descansa em devaneio

Sua bandeira ali lança, sem percebê-lo

Um brilho diferente vê brotar

E a terra pulsante faz sua emoção derramar

Reconhece uma vida dentro do aleijo

Emudece e se vira em um beijo

Salvo, vê sua prisão desintegrar

E novamente sente no pulmão o ar

Ela é sua primeira visão

Beleza verdadeira em comoção

Seguram fortemente as mãos

E simplesmente afirmam a comunhão

Alentos de cumplicidade

Plenos de felicidade

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 30/03/2015
Código do texto: T5188745
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