A batalha dos Reinos.
A batalha dos Reinos.
No distante reino dos sonhos,
Morava um cavalheiro aventureiro,
A cavalgar por esse reino extenso,
Para ele não existia obstáculo imenso,
Chamavam-no de senhor coração.
Certo dia no reino dos sonhos,
Algo extraordinário aconteceu,
Um ser malvado trajado de luto,
Morador da mente e muito astuto,
Adentrou em seu reino sem permissão.
Tudo então passou a mudar,
As leis que regiam este reino,
Foram por ele modificadas,
E as luzes chamadas encantadas,
Foram apagadas da mãe imaginação.
Temerosos estavam seus moradores,
Com tamanha balburdia feita,
O nome de esse horrendo ser,
Fez todo reino tremer,
Todos o conheceram como senhor razão.
Duras batalhas foram travadas,
Dia após dia noite após noite,
Não seria possível de imaginar,
Quem essa batalha iria ganhar,
Tamanha era a confusão.
Os moradores do reino dos sonhos,
Ajuntaram-se em grande assembleia,
Todos os convivas estavam presentes,
Dali a poucos instantes,
Todos ouviriam as palavras do coração.
Os moradores do reino dos sonhos,
Ouviriam atentos o discurso,
A proposta a ser votada não era a melhor,
Mais na intensão de evitar maior dor,
A proposta foi colocada em votação.
O reino deveria ser dividido,
Para assim evitar as lutas,
E buscasse cultivar o amor,
Assim como cultiva bela flor,
Na mais bela da estação.
O senhor razão analisou tudo atentamente,
Observando cada vírgula e cada ponto,
E os que a ele se aliou,
Tantos quantos ele arrebatou,
Aceitaram a proposta sem objeção.
Aceitaram ambos a proposta feita,
O reino dos sonhos era dividido,
Em cada uma das metades,
Ficou duas grandes cidades,
Que os cavaleiros eternamente governaram.
O reino dos sonhos foi feito em dois,
Um localizado no monte cabeça,
E o outro na planície peitoral,
Cada cidade com seu general,
A defender suas terras da invasão.
Desde muito tempo isso foi feito,
E muitas guerras foram travadas,
Neste pequeno universo,
De dois reinos no homem imerso,
Já nos primórdios da criação.
Foi de o conhecimento de todo ser humano,
Que estes dois reinos sem paz,
Habitam dentro de nós,
Portanto não vivemos sós,
Também somos razão e coração.