A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS

Todos dizem que esta história fala sobre três porquinhos que construíram cada um uma casa, uma de palha, outra de madeira e outra de tijolos e que esta teria sido a única que permaneceu intacta com o sopro do lobo mal, blá blá blá, blá blá blá. Mas a verdade é que esta história é bem diferente, só foi editada para o público infantil ter uma visão diferente da história, mas ela aconteceu exatamente... Assim:

Três porquinhos moravam juntos numa mesma casa(de tijolos) que era a herança deixada pelo pai para os três, um porquinho se chamava José Antônio, mais conhecido por Zé Toinho, era o mais velho dos irmãos e o mais trabalhador. O outro se chamava Pedro, era o irmão do meio, o mais inteligente, conhecido por cabeção. O outro era Joaquim, o caçula, conhecido por Joaquim mesmo, o mais preguiçoso de todos.

Certo dia Zé Toinho e Joaquim brigavam, o motivo? Zé Toinho estava cansado de sempre chegar exausto do trabalho e ver o irmão Joaquim deitado no sofá, assistindo tv sem mover um dedo sequer. Estava cansado, nos dois sentidos. Pedro chega e se depara com a briga dos dois e também cansado das mordomias do irmão Joaquim, ele e Zé chegaram a uma conclusão: Iam cada um morar só. Como os dois trabalhavam poderiam construir suas casas e deixar o irmão folgado na casa de herança até que arrumasse um emprego, o que não era esperado. E assim eles seguiram seus caminhos. Cada um por si e si por nenhum.

Zé Toinho trabalhava numa fábrica de móveis e ganhava um bom salário, o que lhe deu a condição de comprar madeira para a construção da casa, na verdade o tijolo sairia muito mais em conta, mas ele sempre teve o sonho de uma casa igual à casa na árvore onde brincava quando criança e poderia lustrar com verniz. Já Pedro, o cabeção, recebia menos trabalhando como pedreiro, o que lhe fazia optar apenas pela palha para construir sua casa, mas tirava a vantagem de ser um bom construtor. Assim eles começaram a levantar suas casas e cada dia que se passava mais as casas ficavam prontas, até que ficam prontas.

Enquanto isso, Joaquim estava só de boa agora que não tinha mais quem reclamasse das suas bagunças e do seu ronco. Era vida de gado. Por enquanto!

No outro lado da floresta vivia o famoso lobo mal, cujo nome verdadeiro era Luíz Afonso Sebastian Moreira Silva de Araújo. Mas as coisas não andavam muito a seu favor. Estava acabado, fazia tempo que não entrava numa história, depois de tantas. Ele, faminto, procurava por uma salvação, não foi conhecer Deus, mas teve outra ideia: iria procurar por emprego.Foi andando até o outro lado da floresta e todos que o viam saíam correndo, pois já o conheciam bem. Até que ele chega à fábrica de móveis, mas logo que o proprietário o ver diz:

-D-desculpe, mas não temos vaga!

O lobo sai cabisbaixo resmungando:

-Droga.

E Zé que também estava ali, entrou em pânico e sem pensar duas vezes foi se esconder, mas o lobo que o viu chamou por ele o puxando pelo braço.

-Não seu lobo, não me coma! Eu sou um porco e posso lhe causar gripe suína!

-Anh? Quero que converse com seu chefe para mim dá um emprego!

Mas Zé se recusou e na primeira oportunidade saiu correndo. O lobo fez cara de furioso e foi a procura de emprego. Chega numa construção que está sendo avaliada pelo chefe. Pedro vê o lobo se aproximar e antes que lhe faça algo ele sai na carreira e os amigos gritam:

-Vai cabeção!

O chefe se irrita e o lobo também, pois queria que o porquinho lhe ajudasse. No fim não conseguiu o emprego. Já cansado ele para em frente à casa de Joaquim e bate na porta.

-Por favor... Um copo d'água!

-Claro!

Joaquim busca um copo d'água para o lobo e ainda o pede que entre. Ele mal se dá conta de que é um porco e aquele era o lobo e que o lobo não o devorou. Joaquim o ofereceu comida, bebida etc. O lobo ficou observando a casa e pensando em suas condições e imaginou que ali seria um bom lugar para morar. Ele então estufou o peito e com muita moral disse à Joaquim:

-Vou morar nessa casa!

-Ótimo! Vamos morar juntos!

O lobo estranhou, mas por que não? Pensou. Assim eles passaram a morar juntos. Mas o lobo sempre guardava mágoas e ia dá uma lição naqueles dois porquinhos e perguntou se Joaquim os conhecia.

-São meus irmãos!

-Ah é? E onde moram?

Joaquim lhe explicou o caminho.

-Mas o que quer com eles?

-É... Vou lhes desejar um feliz natal!

O lobo sai e vai até a casa de Zé Toinho. Ele bate na porta.

-Quem é?

-O lobo mal!

Mas Zé se recusa a abrir. O lobo mais uma vez bate e nada. Vem então a primeira ameaça:

-Se você não abrir eu vou soprar!

Nada. O lobo persiste.

-Se você não abrir vou... soprar até sua casa cair!

-Acha mesmo que é capaz de derrubar esta casa num sopro?

O lobo então se irrita e assopra, mas já lhe faltando fôlego ver que não consegue derrubar a casa e junta um bocado de cupins e joga contra as madeiras da casa que aos poucos vai se acabando. Zé Toinho corre para a casa do irmão Pedro e o alerta sobre o lobo que sorrir.

-Ótimo! Assim mato os dois com uma bala só!

O lobo segue para a casa de Pedro e bate na porta. Ninguém abre. O lobo ameaça:

-Se não abrirem a porta eu assopro!

-Esta casa pode até ser de palha mas é muita palha pra cair só com um soprinho! -Fala Pedro receoso.

O lobo pede por uma última vez:

-Abram ou eu vou assoprar!

Ninguém abre e o lobo então sopra, mas é péssimo nisso! Não tem fôlego! Mas pra quê se esforçar tanto? Ele pega um fósforo e toca fogo na palha. Os porquinhos saem correndo para a casa de Joaquim e chegando lá se sentem aliviados, pois Pedro garante a todos que não terá como o lobo derrubar a casa de tijolos. Então chega o lobo e bate na porta. Zé Toinho e Pedro riem e pulam, o lobo bate na porta e Joaquim abre.

-Pode entrar! Acabei de preparar a janta!

Os irmãos de Joaquim se espantam e o lobo sorrir dizendo:

-Ótimo! Agora tenho três porquinhos!

Os porquinhos tentaram fugir mas a casa estava tão bagunçada que acabaram tropeçando e caindo, o lobo já ia os devorar, quando sentiu uma agonia, parecia que ia espirrar.

-A...A...A...Atchim!

Foi um espirro tão forte que as colunas da casa cederam e a casa desmoronou. A sorte é que com o espirro os porquinhos voaram pra fora e o lobo... Pra dentro da panela. FIM

FIM? Não! Depois disso eles tiveram de construir novas casas, até Joaquim teria de trabalhar, só não o lobo que estava no hospital com o bumbum assado, com as costelas quebradas e sem voz. Mas os porquinhos procuraram por novos empregos que ganhassem mais: Numa fábrica de celulares, Zé Toinho encarregado de montar as peças, Pedro na área de contabilidade e Joaquim fazendo a ponta do lápis.

Lyta Santos
Enviado por Lyta Santos em 27/12/2013
Reeditado em 29/10/2017
Código do texto: T4627553
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