A FOLHA E O VENTO

Uma folha desprendida do galho estava sou solitária no chão. Já nao tinha mais a cor verde da clorofila. Estava ressecada pelo tempo. Pobre folha. Lembrava-se dos áureos tempos em que trazia a seiva para a árvore mãe. E sabia que nunca mais voltaria ao galho de onde fora desprendida, a não ser que acontecesse um milagre. E milagres não costumam acontecer. Somente quando a mão do Criador assim o quer. A folha já estava entristecida, pois jamais se levantaria ou sairia daquele estado de inércia. Mas de repente vem uma lufada de vento e alça a folha aos ares. A simples criatura começa a bailar num zigue zague da Dança do Cisne. Sente-se forte e bela novamente. Vai voando, voando, bailando e bailando, sentindo a brisa fria do outono.

Neste frenesi de bem gostar pergunta ao vento. Para onde me levas? Por que me levantaste quando eu já estava perdida no chão frio da morte? O vento na singeleza das boas pessoas responde que deseja fazer o bem e refrescá-la para uma vida nova. Tenho, porém, medo que tuas rugas me façam despedaçar-te e por isto estou brecando a velocidade. Mas a folha impaciente pede que volteie com mais intensidade para que ela sinta que novamente é forte. O vento aumenta a vlocidade e a folha despedaça-se em mil pedaços.

MORAL:É melhor ir devagar para atingir o objetivo, do que lançar-se ao espaço e cair num buraco negro da vida.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 15/08/2011
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T3161983
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