Observação: Nesta categoria Experimental, "O QUE SOU?" eu coloco o título no final do poema, provocando o leitor a identificar a que estou me refirindo no decorrer da leitura. No final tem uma surpresa para o leitor, uma ilustração de minha autoria, em que exploro a ilusão de ótica, proporcionando ao observador uma experiência visual única e provocativa, muitas vezes desafiando a realidade prática e sendo possível apenas nas duas dimensões da tela.


 

Inerte, soturna e solitária.

Presente em todos os momentos.

Na rotina das refeições, nas celebrações,

Momentos especiais e sagrados.

Se comemos bebemos, conversamos,

Assinamos contrato ou nos reunir em família,

Sem ela o que faríamos?

Nela confessamos os nossos perversos pecados.

Guardiã silenciosa dos segredos mais profundos.

Testemunha de confidências,

Pedidos, acordo, desacordo, promessas e juras.

Declarações, choros, risos, afetos e desafetos.

Extrair qualquer confissão,

Mesmo buscando o ângulo mais perspicaz,

Seria em vão, pois ela jamais revelará.

Ela é a confidente leal.

 

 

A MESA

 

WALTER FIGUEIREDO
Enviado por WALTER FIGUEIREDO em 20/03/2024
Reeditado em 23/03/2024
Código do texto: T8024233
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