ELA FOI DESMATADA-Poema Crônico-81

ELA FOI DESMATADA

Muitos morros, cafezais, açude para o gado.

Fazenda típica mineira, bem brasileira.

Muito maneira e cheia de histórias pra contar.

Local de férias pra tios, primos, e pra namorar,

Para levar vida pura, era ficar ali, uma aventura.

Era uma disputa, para ver quem ali ia pra ficar.

Muitas delicias, ao seu redor, para muito encantar.

As jabuticabeiras, o relevo, engenho de rapadura.

Mas havia também o adoçamento dos possuidores.

Senhora matrona, que a todos agradava, contentamento.

Como era letrada e lia muito, tinha o seu argumento.

Frequentaram, os que viraram doutores, um acontecimento.

Até o bananal pra colher banana era muito bacana, este momento.

Só na hora de ir embora, todos se entristeciam, que tormento.

O bosque ao lado, como era morro,assim ficou ao natural.

Mas tinha muitos outros, cheios de castanhas, que ali nasceram.

A árvore preferida era a Maria Preta, crianças iam ali catar.

Brincavam felizes pois os dentes ficavam pretos, quando dela comeram.

Aquele doce frutinho preto, depois iam exibir, quando dela desceram.

Agora tudo está diferente, a alegre matrona a muito se foi, pro céu.

Ultimo filho que ali morou, pra cidade se foi, estudou, fazenda vendeu.

Os novos donos, deram cheque sem fundo, deixam fazenda ao "léo".

Antes disto, as matas destruíram, tudo mudaram, fizeram o escarcéo.

E lá ficaram na mente, nas grandes lembranças, pusemos um véu.

Ver como fazer Poema Crônico na minha teoria literária.

Estilo e criação Ana Lucia S Paiva.

ANA LUCIA S PAIVA
Enviado por ANA LUCIA S PAIVA em 29/11/2015
Código do texto: T5464352
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