Extrato Pó Ético #010: AO FILHO QUE NÃO NASCEU

AO FILHO QUE NÃO NASCEU

Extrato Pó Ético #010

Rimada: ABBAACcDd(7) EFfGGE(5) HIHIH(5) JKLLKJMm(7) L(7)

ABBAACcDd(7)

Por momentos de prazer

nos quais, nada planejado,

vieste ali ser gerado.

Enquanto os dois a fazer,

sem poderem desfazer,

entumescias, crescias,

mãe sem regra, se desregra.

EFfGGE(5)

Dizendo ao ficante,

_ Que encosto a mim imposto!

_ Não posso me expor...

_ Família indispor?…

Que caso intrigante!

HIHIH(5)

_ Casar, nem pensar,

_ Sem chance! Resumo,

_ Vais me dispensar,

_ mas, o filho assumo.

_ Vou-lhe compensar!

JKLLKJMm(7)

_ Pronto! Resolvi a questão.

_ Por que agis tão loucamente?

_ Quando é que um filho é dilema?

_ É solução, não problema!

_ Por que dar cabo ao inocente?

_ Por que matar sem razão?

Pobre feto (ou desafeto?)!

L(7)

A ti coube a inexistência...

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“Dedicado esta poesia em Extrato Pó Ético a todos os inocentes que não tiveram a chance de vir à luz, esta negada por quem haveria de, por si, zelar e empenhar segurança e bem-estar.”

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 05/09/2013
Reeditado em 05/09/2013
Código do texto: T4467408
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