Decatosectos Ecossonantes #012:
AO CLARÃO DA LUA

[AaaAbbA]-[BccBddB]-[CeeC]-[DffD]

[As rimas minúsculas acontecem em
ecos soantes ao final mesmo verso]

Finda a tarde, o céu se esgarça em rubros chumaços,
raios colorindo, trás os montes, o horizonte,
em 'feidaute', morfando o dia em noite, os traços,
das brumas aos raios de prata no ar do luar,
beleza singular que se esparge no espaço.

O campo, a praia, as ruas, todos se revestem
Da luz em tom de prata que alenta e acalma a alma,
rostos à luz do luar, de um que de paz se vestem,
paixão desperta e enche o coração de emoção,
trocam mútuas juras de amor que entre si investem.

O quebrar das ondas, o marulhar vento,
essa brisa mansa que roça os rostos, posto
que agita seus cabelos quais catavento.

Em casa, recolhidos, dormem abraçados,
Felizes, bem amados, coetâneos, não extrâneos,
Dormem o sono do justo e acordam revigorados. 

Glossário:
Feidaute
– Angl. De 'fade out', saída suave do claro para o escuro, ou do som até total silêncio.

Extrâneo – adj. des. o mesmo que estranho.




Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 13/03/2013
Reeditado em 19/03/2013
Código do texto: T4186997
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