Decatos Tetraectos #023: Polimento das Alianças

Comprei a primeira aliança

De vinte e quatro quilates,

Pra firmar, sem rebates;

Sinal de nossa confiança.

Num descuido fui roubado,

E outra vez me sucedeu,

O mesmo fim se me deu,

Novo anel que foi comprado,

Pela criada roubado.

Como isso me doeu.

Pra minha amada falei:

Chega de assim ser lesado,

Não quero ser afanado,

Pois escaldado fiquei.

Novos anéis adquiri

De latão, bijuteria,

De ouro até parecia,

Mas eu assim preferi.

Cuidado de mim requiri,

Coisa melhor não se via.

Só tenho que estar polindo,

Cuidando diariamente,

Pra realçar puramente

O que, de fato, sentindo.

Mas isso é pra nos lembrar

Que em toda relação

Tem que haver manutenção,

E o tempo vai nos cobrar,

Vamos ter que desdobrar,

Se quisermos correção. 

Assim, prefiro missangas

Porque as tenho que polir;

Lembram, devemos brunhir,

Do casamento, as zangas.

Quebre-se qualquer rotina

Sigam, se der, sem lamento,

Sem mágoa e/ou sem tormento;

Um bom porvir descortina,

O amor descontamina.

Tenham um Feliz casamento!

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 15/12/2011
Reeditado em 23/01/2013
Código do texto: T3390406
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.