GESTÃO DE TEMPO E QUALIDADE

INTRODUÇÃO

A gestão de tempo e qualidade pedagógica está intrinsecamente ligada ao cotidiano da vida escolar, e, sobretudo, esta possui notadamente influencia no que diz respeito ao aproveitamento e qualidade do ensino e o desempenho dos alunos e profissionais, e requer o cumprimento de atividades ligadas a organização, monitoramento, e tomada de decisões fazendo com que os recursos sejam utilizados da melhor forma, buscando sempre otimizar o tempo e fomentar o desempenho de todos os indivíduos, participantes e colaboradores do corpo institucional.

A administração do tempo para melhorar a qualidade do ensino deve estar de maneira ligada às especificidades pedagógicas e deve sua eficácia quando logra alcançar os objetivos elencados no planejamento, assim esse planejamento estratégico para a gestão está direcionado para os esforços dos profissionais, bem como, todos os funcionários assim a gestão deve estar atenta às necessidades dos professores para se reinventar a cada dia, numa constante avaliação, seguindo as datas prevista para o ano letivo, e se refazendo com os contratempos advindos do meio interno ou externos, os quais o gestor não consegue controlar, mas sim readaptar.

SEÇÕES DO DESENVOLVIMENTO

A gestão tem um sentido muito amplo, especificamente a gestão de Tempo e Qualidade diz respeito à administração e o gerenciamento da rotina e o controle das atividade no quotidiano escolar, partindo de um trabalho em conjunto com os profissionais e tento em mente um objetivo em comum com toda a comunidade escolar, pois se faz necessária para o andamento e progresso ao longo do tempo, visando uma melhoria no percurso referente a

Compreender o trabalho do gestor é mais do que descrever as obrigações, funções e seu desempenho e avaliação, mas também é entender os problemas que repercutem no ambiente escolar com a falta deste profissional, e que seria imprudência não situar aqui. Em toda escola possui um planejamento, oriundo de uma participação democrática, na qual mostra a identidade da instituição, seu reflexo.

A complexidade da elaboração do PPP é tal qual a complexidade para a sua implementação na instituição. É notório a importância do Projeto Político Pedagógico dentro da toda instituição; é uma realização que deve acontecer, definido e salvaguardado por lei, pois nele contêm em seu bojo as partes constituintes de toda realidade da instituição, não só, mas para onde a escola está indo e aonde quer chegar , ou seja, os objetivos que democraticamente foram elencados. De forma sintetizada o PPP é o reflexo da Instituição. Nesse sentido, o alcance de uma um bom resultado não necessita somente do PPP, mas também da colaboração dos professores e demais funcionários e a gestão desse tempo é intrínseca para o alcance da qualidade desejada e para consubstanciação. Para Assis, 2007.

Percebemos, então, que no trabalho em equipe todos têm seu papel a desenvolver dentro do conjunto e que há uma mútua interdependência. Sendo assim, para um trabalho de qualidade é necessário haver harmonia no grupo, pois se um deixa de fazer o seu trabalho, ou o faz de maneira ineficiente, automaticamente o outro será prejudicado, e a qualidade do trabalho educacional estará comprometida (Assis et,Al, p.9, 2007).

Nesse viés a qualidade do trabalho está atrelada à organização do tempo das atividades internas e externas, a formação desse profissional é um dos temas discutidos e polêmicos, pois afeta diretamente no andamento das atividades escolares pedagógicas e assim, este problema é referente à falta de profissionais especializados e ainda diz respeita a seleção deste profissional para escola, não raras vezes esse profissional é inserido por uma política partidária, ou ainda por proximidade com o diretor escolar, pois uma vez que se quer oferecer uma educação de qualidade deve-se, porém, selecionar profissionais competentes e habilidosos na área, fazendo jus ao grau da importância do trabalho. Para Correa e Cardoso, 2000 Apud Silva, p. 28, 2007, “a escolha do diretor escolar sempre foi um aspecto polêmico na história da administração educacional brasileira, pois o cargo de diretor ao longo dos anos, como uma excelente forma de exercício do poder no serviço público”.

Desse modo, o diretor escolar é um cargo estratégico de governo para as manobras políticas eleitoreiras, tanto na distribuição de cargos, como na arrecadação de mais votos nos períodos de campanhas. Sendo assim, é bom que a sociedade civil não menospreze esse posto, por acreditar que ele não faz diferença na escolha e manutenção de políticos corruptos e perversos que fazem de tudo para se manter no poder (SILVA, p. 28, 2007).

A própria administração do tempo gasto na elaboração das atividades pedagógicas e os prazos que estão determinados no calendário da instituição devem ser gestionados por esse profissional, pois, repercute de maneira notadamente significativa em todo processo, que pode ter dois vieses diferentes, primeiro, se for seguido os prazos estipulados para a realização das atividades se mostra favorável no que diz respeito a efetivação das atividades gerando reflexo no ensino aprendizagem dos alunos, e dois, se não for seguido esse planejamento e o calendário for alterado, será necessário remanejar todo o calendário, sendo, portanto, desfavorável para o corpo institucional, principalmente no ensino aprendizagem, por isso a seleção criteriosa deve se fazer presente e respeitada deste profissional.

Então para se obter uma melhor qualidade dos serviços prestados pela escola, é necessário que a administração escolar trabalhe em conjunto com os professores, com os funcionários e com a comunidade que é composta pelos pais e pelos alunos. Quanto maior for a interação entre essas partes, maiores serão as probabilidades de se tirar vantagens de seus esforços e resultados. (Assiste et al, p.5, 2007).

Nesse sentido, António Santos, 2016, enfatiza: A organização do tempo nas instituições educativas sempre condicionou a vida de todos os atores que nela ou com ela vivem e convivem: professores, alunos, funcionários, pais e famílias.

É claro que a colaboração dos professores e dos funcionários é essencial para o andamento retilíneo do calendário, porém estes fatores colaboram com a eficácia e viabiliza um bom proveito no desempenho dos alunos. Em contrapartida, existem nesse respeito, fatores externos que podem parar, congestionar, mudar, ou ainda congestionar-mudando a forma de realização das atividades pedagógicas as quais os profissionais não possuem o controle sobre esses fenômenos externos, hoje podemos identificar um desses fenômenos, como por exemplo, a crise mundial do Novo CoronaVírus (Covid19)., que afetou e continua afetando todas as pessoas e instituições e sobretudo as instituições educacionais.

No que tange a esses fenômenos internos e externo, e que afeta direta e totalmente o andamento do cotidiano escolar, levando como, por exemplo, ao fracasso escolar e evasão escolar, que entre outros motivos é fruto de desmotivação frente às metodologias cansativas dos professores, situações financeiras, a qual o aluno necessita ajudar no sustento da família, empenho dos responsáveis, sociabilidade, drogas, gravidez prematura, doença, reprovações sucessivas entre outros, situação fortemente e presente no país,

Para Filho e Araújo:

Fatores internos e externos, como drogas, tempo na escola, sucessivas reprovações, falta de incentivo da família e da escola, necessidade de trabalhar, excesso de conteúdo escolar, alcoolismo, localização da escola, vandalismo, falta de formação de valores e preparo para o mundo do trabalho, podem ser considerados decisivos no momento de ficar ou sair da escola, engrossando a fila do desemprego. (FILHO E ARAÙJO p.36)

Assim, umas das causas que embocam frente à situação e que são propulsoras, referem-se fortemente à formação dos gestores, professores e profissionais da educação e todo corpo docente, é válido lembrar, as lacunas causadas por ações assistivas que deveriam existir para a preparação deste corpo docente, incapazes de proporcionar melhorias na valorização dos profissionais, na estrutura do ambiente e da estrutura escolar e nos matérias que esse consome e necessita para o cumprimento do seu objetivo, proporcionar uma educação de qualidade.

Para Lopes, 2010,

(...) para a amenização de alguns problemas referentes à evasão, é necessária uma ação firme dos poderes públicos, principalmente em relação aos gestores escolares, que precisam assegurar um bom ensino e aprendizagem. Desempenho ruim também é um fator de evasão; oposto a isso, há alunos que evadem por não se sentirem “desafiados e estimulados” (LOPES, 2010, Apud FILHO E ARAÚJO, 2017).

Nesse respeito o gestor é um dos contribuintes, essenciais para a avaliação dos professores e todos os profissionais, nos seguinte aspecto: as metodologias, bem como a didática, dinâmicas empregadas para o alcance dos objetivos, o tempo que esse profissional utiliza para a preparação de suas atividades.

No que diz respeito às suas práticas pedagógicas, um dos indicadores de soluções e melhoramento, concerne à própria formação continuada destes profissionais, pois o êxito está inerente ao trabalho qualificado. Assim os diretores também devem está atentos a essas lacunas deixadas pela formação básica e fomentarem ações que viabilizem a formação continuada dos profissionais.

O gestor, é claro, é de grande valia nesse viés, pois suas visões acerca do trabalho, no acompanhamento do profissional dentro e fora da sala de aula, auxilia o diretor na tomada de decisões, assim consubstancia o PPP, logo, é necessário um corpo docente, e profissionais qualificados.

Esse déficit esbarra em outros amálgamas como a preparação do corpo docente e do próprio diretor que é o responsável com a equipe gestora de proporcionar esses momentos de reflexão com a comunidade. São fios que permanecem entrelaçados e que a causa é a mesma.

A valorização dos profissionais da educação é um fator que não pode ser desmembrado desse outro, uma vez que possui relação direta. É bem verdade que existem muitas águas contrárias no que diz respeito à valorização, mas é evidente que muitos profissionais não querem lutar nessa batalha, logo permanecem em sua zona de conforto, concernente a isso, o gestor deve está atento a esse respeito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível ao decorrer deste ensaio observar que a qualidade do trabalho está atrelada ao funcionamento da gestão do tempo, ou seja, ao seu gerenciamento, que visa a qualidade do/e aproveitamento dos recursos, e a observância frente ao tempo e a utilização, visando sempre a qualidade do ensino e o desempenho dos alunos no ensino aprendizagem e dos profissionais, que requer o cumprimento de atividades ligadas ao gerir, organização, monitoramento e tomada de decisões fazendo com que os recursos sejam utilizados da melhor forma, e que busque sempre otimizar o tempo e fomentar o desempenho de forma dialogada respeitando a democrática, ou seja, todos os indivíduos, participantes e colaboradores do corpo institucional.

Assim, para melhorar a qualidade do ensino deve-se às especificidades pedagógicas e deve sua eficácia quando se alcança os objetivos elencados no planejamento ou seja no Projeto Político Pedagógico, para isso é necessário que se utilizem de estratégias para o aproveitamento do tempo nas atividade do quotidiano escolar,

A esse respeito, deve sua eficácia no diálogo promovido entre as diversas áreas de atuação da escola, levando em consideração a participação de todos da comunidade. Uma das ações para a melhoria do trabalho é o incentivo formação continuada, é necessário. Pois, a busca por conhecimento reanima e reinventa o profissional e enlaça os discentes numa perspectiva mais atraente, com atividade, metodologias, organizações eficientes e atraentes. Assim com um corpo docente, e profissionais qualificados, evitar-se-á o fracasso e a evasão dos alunos. Do contrário, gera animo, a melhoria do ensino e a sua qualidade.

REFERÊNCIAS

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LIBÂNEO, José. O ensino da didática, das metodologias específicas e dos conteúdos específicos do ensino fundamental nos currículos dos cursos de pedagogia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos-RBEP, v.91, N° 229, 2010 - reppold.inep.gov.br.Disponivel em:<http://rbepold.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/630>.

Acessado em: 11 mar 2021

LÜCK, Heloísa. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Heloísa Lück. – Curitiba: Editora Positivo, 2009.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Políticas e Tecnologias Educacionais. GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: o papel do gestor no contexto democrático, 2018. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/gestao_em_foco/gestao_escolar_democratica_unidade2.pdf > Acesso em 09 out. 2021.

SANTOS António. A gestão do tempo nos tempos educativos do 1° ciclo do ensino básico. Saber & Educar, N° 21. 2016, revista.esepf.pt. Disponível em :< http://revista.esepf.pt/index.php/sabereducar/article/view/222>. Acesso em: 10 mar 2021 .

SILVA Filho, R. B., & Araújo, R. M. de L. (2017). Evasão e abandono escolar na educação básica no Brasil: fatores, causas e possíveis consequências. Educação Por Escrito, 8(1), 35-48. Disponível em:<https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/porescrito/article/view/24527>. Acesso em: 10 mar 2021.

SILVA, Josias Benevides da. Um olhar histórico sobre a gestão escolar. Educação em Revista, Marília, 2007, v.8, n.1, p.21-34.

RÉGIS SOUSA
Enviado por RÉGIS SOUSA em 21/04/2024
Código do texto: T8046553
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