MEUS BREVES APONTAMENTOS SOBRE INCLUSÃO E EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS “ESPECIAIS” EM CONTATO COM CRIANÇAS NÃO EXCEPCIONAIS!

Primeiramente, creio que posteriormente, deve ser estudado uma melhor maneira para que todos os alunos desde os mais jovens até os de níveis Universitários, estejam posicionados em seu local de aprendizado, de uma maneira diversa da que hoje em dia se tem por norma.

E qual a maneira que se tem por normal, seja no Brasil ou em outra parte do mundo?

Salvo raras exceções, o modelo padrão é: criança sentada, em fileira, uma atrás da outra, paralelamente uma ao lado da outra, tendo como figura central e orientadora, o professor que se posiciona sempre a frente, estabelecendo suas normas e determinando diretrizes!

O que pode se entender o seguinte: qualquer outra forma de aprendizado, inovadora que seja, esbarrará sempre nesse padrão de ensino e aprendizagem. Não importando quão inovadora, revolucionária, determinadora, etc., seja uma matéria que se tem que aprender e ensinar, poderá sofrer nesse sistema de posicionamento de entendimento e sim, se assim, posicionado!

E qual seria, por exemplo, um melhor posicionamento dos alunos e dos professores, para uma melhor compreensão, entendimento e “absorção” daquilo tudo que tem sido ensinado?

Ainda não há um consenso, mas, há algo preocupante no que diz respeito ao modelo que se tem até então!

O preocupante, que pelo menos nas escolas públicas, esse sistema, está completamente defasado. Chega-se imediatamente a essa conclusão, quando sentado no meio dos alunos, por exemplo e também o sendo, é verdade (em outro nível de ensino, é verdade), se observa quanta dificuldade encontra o professor para ensinar e quanta dificuldade tem o aluno para absorver e se concentrar no conteúdo objeto de atenção e escrita.

Fatores de maneira nenhuma levados em consideração: o desgaste do profissional de ensino, no caso, é claro , o professor e a necessidade primária, incansável, revolucionária mesma, que os alunos tem de se comportar, se disciplinar para aprender.

Ambos estão prejudicados! (Ambos, me refiro ao professor e ao próprio aluno).

Primeiramente, o aluno não faz a mínima ideia das dificuldades que tem e passa o profissional para lhe trazer aprendizado, orientação, ensino. A preparação das aulas e seu “estado de espírito”, em determinados dias letivos, etc..

Por sua vez, o pobre aluno e o aluno pobre, que também o é o aluno rico, tem lá suas grandes dificuldades pessoais, sociais, familiares, etc., que não consegue e nem o poderia compreender com facilidade.

a-) Os problemas familiares: primeiramente , começando pelos alunos pobres oriundos da classe baixa, de pais que não tiveram (em sua maioria) acesso a estudos, estes, com dificuldades financeiras, para principalmente, manter seu filho , sua filha, com uma alimentação saudável, para que este , (filho) não sofra de “déficit de aprendizado”, não conseguirão acompanhar o desenvolvimento da criança (ou adolescente) numa espécie de entendimento consciente do conteúdo didático. Deixam , (pois, acreditam nisso) todo o aprendizado e parte da educação para os “mestres”, os professores, o que de forma nenhuma, é correto e viável;

b-) Dos sociais: principalmente no que tange a interação com seus colegas de classe e outros colegas de classes diferentes e idades diferentes da sua. É nessa interação sim, a qual, observei, uma “linguagem peculiar”, que se relacionam e mantem uma espécie de “sociedade paralela dos alunos no aprendizado!”. Eles, possuem sim, uma linguagem própria, que o professor, em sua posição atual, como mestre/educador na frente da sala, como figura central, não consegue captar, para melhor orientar seus aprendizes; (isso posto, simplesmente, num primeiro momento, no universo escolar);

c-) Dos pessoais: é aí, do ponto de vista observado, onde reside a problemática toda e ao mesmo tempo, a “raiz” de todo o aprendizado que se possa ter ou obter. Nesse caso, entra diretamente nessa linha, primordialmente, os conflitos da idade, a dificuldade para a compreensão do mundo exterior (mesmo que esse mundo exterior, conforme citado, seja, esse onde se locomove nessa primeira fase de sua vida, o Universo escolar), onde palavreados próprios, brincadeiras próprias, códigos próprios , que os direcionam para um melhor aprendizado apesar de tudo ou para uma conduta completamente arredia e sem limites, que também não o entende, justamente como fora dito acima, pela falta desse limite ter sido imposto por seus pais, no ambiente de seu lar, primeiramente.

Contudo, observei que mesmo essas crianças, com esse comportamento arredio e rebelde, por incrível que pareça, possuem:

1-) Sentimento de grande tolerância, para seus colegas que na classe padecem de limitação, as crianças “especiais” propriamente ditas;

2 - ) São capazes de interagir com educação e aprendizado relativo, desde que TRATADOS COM URBANIDADE E DE IGUAL PARA IGUAL;

3 -) Sob toda e qualquer circunstância, respeitam principalmente aqueles que lhes respeitam e isso vale, logicamente para os professores, diretores e etc., Porque ao que tudo indica, NÃO SÃO TRATADOS COM RESPEITO NO UNIVERSO DE SEU LAR!

Se para as crianças que interagem normalmente , existe alguma dificuldade em todos os sentidos para aprendizado e compreensão do mundo exterior e para facilitação no seu modo de entendimento, para as crianças “especiais”, essa dificuldade , é verdadeiramente excepcional. Com dificuldade exponencial, em termo geral, o que de maneira nenhuma desmerece o fato, de finalmente, terem sido colocadas entre os demais alunos, para ver se em contato direto com todos os demais, tenham alguma relativa melhora no seu quadro geral.

Acredito dever ser mantido o modelo atual, no que tange a essas crianças, contudo poderia ser implementado com seriedade pelo Sistema de Educação que Coordena essas regras, que de fato, fossem acompanhadas , cada uma individualmente, com um profissional conhecedor do assunto, para evitar uma inevitável, por força mesmo das circunstâncias, uma espécie de SEGREGAÇÃO IMPROPOSITAL no meio, quanto a elas!

Nesse primeiro momento, o que importa, é de fato, pelo menos, a tentativa de INCLUSÃO SOCIAL , excetuando-se todos os inconvenientes do todo negativo, mesmo porque, levando-se simplesmente como sistema de comparação, há anos atrás, não havia sequer a possibilidade de se imaginar, os chamados “cadeirantes” saírem de casa sozinhos. Hoje, isso não é mais concebível, não somente por inúmeras rampas que foram construídas para facilitar sua locomoção, como também pelas centenas e centenas de rampas adaptadas ou já construídas nos ônibus para essa finalidade. O que quero dizer é que, possivelmente, dentro de algum tempo, será capaz o poder público, com a ajuda de pessoas que militam nessa área e de fato se importam com a inclusão de crianças especiais, “descortinar” algo bastante relevante que torne a vida escolar e acadêmica dessas crianças e dessas pessoas, verdadeiramente produtivas e significativas.