CRENTE SEM FANATISMO: DE CARNE E OSSO — Ensaio Teológico VI(21) “A Sabedoria das Regras: Reflexões sobre Pecado, Prazer e Prudência”.

Embora as regras sejam essenciais para a ordem e a segurança, é importante lembrar que elas são apenas um guia, não um fim em si mesmas. Como o filósofo Immanuel Kant argumentou, "A razão prática não é a serva da vontade, mas sua governante". Em outras palavras, a verdadeira sabedoria reside na capacidade de discernir e tomar decisões informadas, não na adesão cega às regras.

A sexualidade é uma parte intrínseca da experiência humana e, como tal, deve ser abordada com uma perspectiva equilibrada e informada. A ideia de que os "pecados sexuais" são um perigo inerente é uma visão simplista que ignora a complexidade da sexualidade humana. Como o psicólogo Carl Rogers afirmou, "O que é mais pessoal é o mais universal".

A cultura contemporânea, com sua ênfase na liberdade individual e na expressão pessoal, oferece uma alternativa à visão restritiva da sexualidade. Em vez de condenar o sexo casual, ela o reconhece como uma escolha pessoal que, quando feita de forma consciente e responsável, pode ser uma expressão válida da sexualidade humana.

A história está repleta de exemplos de figuras autoritárias que impuseram regras rígidas e inflexíveis, muitas vezes com resultados desastrosos. Como o filósofo Friedrich Nietzsche observou, "Aquele que luta contra monstros deve ter cuidado para não se tornar um monstro". Em vez de impor regras estritas, devemos encorajar o pensamento crítico e a tomada de decisões informadas.

Em última análise, a sabedoria não está em seguir cegamente as regras, mas em entender seu propósito e aplicá-las de forma flexível e informada. Como Albert Einstein disse uma vez, "A medida da inteligência é a capacidade de mudar". Ignorar essa verdade é caminhar voluntariamente para a própria ruína, ignorando os faróis que poderiam guiar para longe das rochas do infortúnio.