Um Ensaio sobre o Conhecimento

Assim, fica todo este questionamento instigante: "Afinal, o que é conhecimento?" E eu acrescentaria, "mas afinal de contas, o que é o conhecimento?"

Do cognoscere, ato ou efeito de conhecer e de entender o objeto conhecido, fica uma dúvida o que pode ser conhecido e o que é conhecido é verdadeiro, justificado e fundamentado. Imagino que muitas vezes podemos estar equivocados sobre o que conhecemos e estarmos na ilusão do que conhecemos. Segundo Stephen Hawking, o inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento. Aí, a pergunta novamente: "Afinal de contas, o que é o conhecimento?"

Quando vejo colegas constando que conhecimento é a busca da verdade absoluta, isso é um perigo de dogmatizar o próprio conhecimento, que pode engessá-lo e ele não se aperfeiçoar. Imagine se absolutizássemos todo o conhecimento: seríamos uma sociedade estagnada, parada, que não evoluiria no próprio conhecimento.

Apesar que na metafísica, há pontos de dogmatizar a verdade em fundamentos e princípios como bases e premissas do próprio pensamento do que conhece, e que não se deve abrir mão, pois devemos ou precisamos raciocinar por contingência, o conhecimento não pode ser absoluto, senão não progrediríamos.

Concordo quando menciona que o conhecimento expande a consciência, desde que busque razões fundamentadas para novas vertentes além do subjetivismo Aliás, escolhas, decisões e caminhos que rumamos podem ser melhores ou não, o que recai no campo mais da ética do que na epistemologia.

De acordo com o Dicionário Básico de Filosofia de Hélio Japiassú e Danilo Marcondes (2001):

"Conhecimento (do lat. cognoscere: procurar saber, conhecer) 1. Função ou ato da vida psíquica que tem por efeito tornar um objeto presente aos sentidos ou à inteligência.

2. Apropriação intelectual de determinado campo empírico ou ideal de dados, tendo em vista dominá-los e utilizá-los. O termo "conhecimento" designa tanto a coisa conhecida quanto o ato de conhecer (subjetivo) e o

fato de conhecer.

3. A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que visa estudar os problemas levantados pela relação entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido."

Conforme a Epistemologia, conhecimento é o fato ou crença de determinada afirmação sobre o mundo ou sobre ação no mundo explicados em termos de crença (confiança) valorativa. Mede-se tal crença por questões práticas daquilo que se mede e é confiável, a fim de distinguir erro e acerto de certa ação, Contudo, quando algo é negado ou afirmado, é imprescindível que este algo seja questionado para ser acreditado ou confiável. A epistemologia, por sua vez, busca identificar uma série de diretrizes e princípios que nos auxilia a diferenciar, ora distinguir o verdadeiro conhecimento do erro (falso conhecimento).

Na área da ciência, conhecimento é base da construção do saber e da verdade ora creditada, através de fundamentos, provas e evidências, o que exige criticidade (questionamento com critérios) e experimentações, até chegar a uma conclusão plausível, verdadeira e autêntica.

Na minha visão de vida e como professor, sempre encarei o conhecimento como algo que é conhecido pela inferência de coisas a priori conhecidas pelas sentidos ou abstrações lógicas de pensamento para descoberta de algo desconhecido. Tal perspectiva vai de encontro ao estudo da filosofia da mente e da psicologia, mas conforme estudos da ciência da informação e da computação, todo conhecimento é algo adquirido depois de processamento da informação inferida utilizada e praticada.

No campo filosófico, vou de encontro na concepção clássica de que conhecimento é uma "crença verdadeira justificada", de acordo com a concepção de Platão, de que algo é conhecido e que se creia, que faz o conhecedor afirmar algo específico;. Assim para que a crença seja verdadeira, ela precisa passar pelo crivo de critérios implícitos de significado deste algo conhecido, quando justificado com devida fundamentação lógica de o pensamento assim abstrair, como também com a devida percepção dos sentidos humanos para a devida certeza do que atribui como conhecimento.

De modo pessoal, eu, mais precisamente, na adolescência (13 anos), eu me perguntava qual o valor do conhecimento par a minha vida. Percebia pela escola e pelas reflexões, que não tem como o ser humano viver sem ter conhecimento. Vai de encontro com o posicionamento de Mouser, Murder e Trout (2004). A questão é que tipo de conhecimento que nós adquirimos no decorrer da vida.

No mundo acadêmico (graduações e pós-graduações, além de pesquisa e extensão), o conhecimento é algo muito significativo para o próprio desenvolvimento da ciência, mas que sempre buscamos nos pautar mais no conhecimento científico e cá, para nós, e outros que assim percebem a abstração do pensamento, no conhecimento filosófico. Mais precisamente, metafísico, mas acrescenta-se o epistemológico, ético, gnosiológico, além de outras áreas da filosofia (estética, política, ....).

Na vertente da comunicação social (mais, precisamente, do jornalismo), o conhecimento , para Meditsch (1997), é um dado concreto como ideal abstrato a alcançar no contínuo processo de aprendizagem diante das informações transmitidas.

Dutra (2008) aborda como a teoria do conhecimento abordada por Descartes, Locke e Kant, que diferenciaram dos filósofos antigos, para distinguir o conhecimento da ótica metafísica para observar o conhecimento no campo da epistemologia. Ou seja, os filósofos da modernidade propuseram soluções da modernidade , ao estudar relações de nossas ideias independente de estas corresponderem a coisas reais ou que existem no mundo, e conjecturaram pressuposições em questões mentais, e levantaram o problema das características da crença e sua natureza em relação em relação ao acontecimento ou evento mental. Em outras palavras, os defensores epistemólogos da filosofia moderna buscaram além da crença verdadeira e justificada, mas formularam critérios e teorias da justificação, para critérios assim considerados para a verdade, a fim de se reconhecer uma opinião verdadeira. Observe-se que tais conceitos imbuíram o surgimento da filosofia da mente e da filosofia da linguagem.

Observa-se que por tais conceitos a respeito do conhecimento, veio a classificação do conhecimento proposicional (que adquirimos de terceiros, por livros, por meios de transmissão de conhecimento) e do conhecimento perceptivo (capacidade humana de reconhecimento e conhecimento pelo sentido da visão e demais sentidos por observação e experimentação direta sobre objetos conhecidos ou a serem conhecidos).

E o conhecimento epistêmico se tornou uso do conhecimento da epistemologia, ou seja, de fato de proposição aceitável e específico. Há questões se o conhecimento perceptivo é conhecimento aceitável enquanto proposição ou se é habilidade (conhece como sabe), faltando a respeito de questionar porque sabe. Neste aspecto, reconhece que até os animais tenham este conhecimento perceptivo porque reconhece pessoas, coisas e demais seres (animais e plantas). Enfim, tal classificação é considerável para entendermos a amplitude do que é e o que seja o conhecimento.

GIlbert Ryle (1951) veio trazer à tona a questão de "saber o que" ou "saber que" sobre o conhecimento. Pessoalmente, entendo que habilidade é um tipo de conhecimento a ser considerado, que tanto a epistemologia como a gnosiologia estudam como a respeito como objeto de estudo.

Sócrates, a quem se atribuiu a famosa frase: “conhece-te a ti mesmo e conhecerá o universo e os deuses”, diante do que lhe veio a mente (seu gênio, o que pensou) diante do Oráculo de Delfos, no pórtico de entrada do Templo do deus Apolo, deus da profecia, da poesia, das artes, da música, da cura, da justiça, da lei, da ordem, do tiro ao alvo e da peste e da tolerância.

A referida frase, no seu começo, foi também atribuída a várias personagens gregas, e por isso, tornou-se um dito popular grego. Assim, Sócrates é considerado o grande Filósofo de toda a história da filosofia por ser uma personagem histórica de caráter reflexivo e questionador, uma vez que se sabe pelos escritos dos seus discípulos, que Sócrates, em sua vida, buscava, incessantemente, o conhecimento e a verdade. Ele não se julgava conhecedor das coisas e nem se auto considerada detentor do conhecimento. Quando foi considerado o homem mais sábio da Grécia, conforme relato dito por Platão e Xenofonte.

Sócrates se considerava uma pessoa comum e reconhecia a sua própria ignorância e se auto atribuiu o árduo propósito de buscar o conhecimento verdadeiro. A outra frase sua famosa: "Só sei que nada sei" intrigou muitos sábios da época e filósofos contemporâneos dele e os posteriores a ele.

Sócrates não se considerou e nem quis ser o detentor e o portador das respostas completas. Sua maneira de ensinar e conversar com jovens e as pessoas era fazer-lhes perguntas, questionar sobre questões de moral, virtude, coragem e justiça, a fim de as pessoas lhe ajudarem a descobrir a verdade que tanto buscava. E por fim, Sócrates não ficou proferindo verdades absolutas e incontestáveis, mas deixou um legado de questionamentos através da chamada metodologia maiêutica, ora dialética, a fim de sempre questionar seus interlocutores, desafiadores ou questionadores, a respeito da verdade que acreditavam que possuíam.

Sócrates teve vários encontros, relacionamentos e debates acalorados por simplesmente questionar as pessoas, até elas reconhecerem a própria ignorância do que pensavam que sabiam. Em contrapartida, Sócrates se frustrou durante sua vida, pois achou que não encontrou alguém sábio suficiente, pois todos aqueles que se achavam sábios, possuíam na verdade uma interpretação equivocada sobre a realidade e o conhecimento em si. Percebia, o grande filósofo que as pessoas se auto arrazoavam com pré-conceitos, falsas verdades, certezas equivocadas e e interpretações erradas sobre o que achavam o que sabiam ou conheciam.

Por fim, Sócrates percebeu que a sua busca do conhecimento estava em si mesmo, e que por isso, foi a fundo a respeito do autoconhecimento, no sentido de compreender a própria ignorância e entender aos poucos as ideias que nascem na mente sem preconceitos, superstições e noções equivocadas sobre a própria realidade.

Assim, com minhas reflexões pessoais, eu me identifico muito com o Sócrates, na busca do conhecimento, da verdade e da sabedoria. Jamais e nem pretendo achar que sou dono do conhecimento, da verdade e da razão. Contudo, assim como percebeu Sócrates, percebo que há muitas pessoas cheias de verdades em si, sem passar por um crivo aprofundado crítico das suas próprias ideias e conceitos, e que, talvez por generosidade ou missão da minha parte, mostrar-lhes o caminho de como é possível a busca da verdade, que muitas vezes requer desconstruções de ideias e conceitos nas nossas vidas a respeito. Sem pretender ser o dono da verdade e da razão, é possível, didaticamente ou pedagogicamente, falando, mostrar o caminho como Sócrates fez. Como professor, eu me inspiro muito nele neste sentido.

Em relação a Immanuel Kant , este é um grande gênio da filosofia moderna, o qual esmiuçou toda uma crítica e questionamento do próprio conhecimento e do conhecimento, ora considerado por muitos. Kant entrou num grande debate da sua época, ora também muito antigo, do embate entre racionalistas e empiristas, razão versus sensação para se construir o conhecimento.

Kant concordou muito com os racionalistas na forma de operar o pensamento de acordo com a lógica e o raciocínio analítico, sintético, dedutivo e indutivo, como também a priori e a posteriori, o que lhe rendeu escrever dois grandes livros da sua vida "Crítica da Razão Pura" e "Crítica da Razão Prática".

Na esteira dos campos opostos entre empirismo e racionalismo, Kant questionou o conhecimento, ora considerado no meio acadêmico e também, no ensino oficial. Kant questionou se o conhecimento, ora , é uma possibilidade verdadeira. Diante deste principal questionamento, Kant criou o que ora é chamado de "criticismo", um estudo dos limites metafísicos, éticos e religiosos da própria razão humana. Diante de tal questionamento, propôs que todo o conhecimento tem origem em juízos universais, seja por influência da sensibilidade (sensações e estímulos pelos sentidos) , ou seja, pelo próprio pensamento de utilização de raciocínio lógico.

Kant então conclui que o conhecimento das coisas do mundo é influenciado pela sensibilidade e pelo entendimento. E vai além, ao concluir que o idealismo é um estudo da compreensão da realidade , ora mental e subjetiva, mas que propicia uma estrutura universal para fazer análise que abrange toda a humanidade. Esta compreensão maior é denominada por Kant como "transcendental”. E diante desta teoria, Kant criou a teoria do “Idealismo Transcendental", que é dividido em três juízos: analítico, sintético e estético. Kant assim pronunciou: “Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas.". Em outras palavras, Kant criou um sistema de pensamento, com sua teoria, para uma reflexão interna, que cada pessoa deveria fazer para si mesma, afim de buscar responder estas principais perguntas: o que posso saber? O que devo fazer? Oo que é o ser humano? Que coisas me é permitido esperar? Kant teve toda uma concepção filosófica sobre o conhecimento muito semelhante com Sócrates, no sentido de o ser humano buscar o esclarecimento pessoal e que se livrasse de todo tipo de pensamento fundamentalista, fanático ou ideológico (este, no sentido de conceber ideias engessadas como dogmas, sem que não possa questionar o que é conhecido).

Pessoalmente, acho Kant bem aprofundado a respeito do conhecimento e da razão. Li o livro dele "Crítica da Razão Pura", duas vezes, e até hoje, procuro entendê-lo quando menciona em como compreender fenômenos e "noumenos", o que lhe confere um caráter nem totalmente empirista e nem totalmente idealista. Contudo, ele reconhece que todo conhecimento passa pela subjetividade da razão humana em se conceber o seu devido valor.

Outro autor que me chama a atenção é Mário Sérgio Cortela, um filósofo contemporâneo brasileiro, que admiro e muito, o qual sempre acompanho quando fala em jornais, entrevistas ou programas de TV, quando o vejo que está participando. No seu livro "A Escola e o Conhecimento", ele analisa a questão do conhecimento, com fundamentos epistemológicos, em relação a escola, e verifica o caráter político, ora conservador, ora inovador, uma vez que todo conhecimento é transmissão, compreensão, seleção do que seja verdadeiro, bom e útil, ora necessário a ser recriado. Cortella diz que todo conhecimento é produção e apropriação da cultura humana, e que por isso, reflete sobre o seu sentido social concreto, a fim de entender que no dia-a-dia numa escola, tem que se repensar, constantemente, a teoria em relação às práticas (no caso aí, as práticas sociais do conhecimento).

Cortella reflete sobre o ser humano na sua realidade e como concebe o conhecimento como produto cultural, o que por consequência, torna-se bem de consumo e produto para se viver. Contudo, ele propõe, também, que o conhecimento é sempre descoberta de novas verdades, novas interpretações e novos conceitos com a evolução da ciência e o acompanhamento social dos seres humanos, através dos meios de informação e de comunicação.

Cortella demonstra que a ideia da verdade e do conhecimento como descoberta, epistemologicamente, é um fato de construção social para proporcionar base e fundamentação nas certezas que a sociedade busca admitir. Contudo, ao aproximar-se do cotidiano escolar, Cortella enfatiza que o conhecimento é também uma construção e produção histórica, o que se torna algo "mítico" ou "místico", quando se busca anular, romper ou superar o saber ora convencionado, uma vez que se reconhece erros e equívocos do próprio conhecimento.

E, por fim, Cortella conclui na sua reflexão que a escola é um lugar concreto de sentido social, de que professores-educadores devem valorizar o conhecimento mais do que construção social e histórica, uma visão compreensiva na relação entre sociedade e escola, com um alerta contra o "pedagocídio" (assassinato do método pedagógico e didático de ensinar e transmitir o conhecimento), uma vez que o próprio conhecimento é uma ferramenta de liberdade e de poder dentro de uma convivência humana igualitária e finaliza com a perspectiva de um Conhecimento como ferramenta da liberdade e de um poder como amálgama (heterogênea da forma como um todo) de convivência social e humana igualitária.

Várias vezes, Cortela aborda sobre o conhecimento, o que me marcou é que o conhecimento serve para encantar as pessoas e não para humilhá-las. E que cabe ao professor educador fazer do conhecimento um encanto para jovens, crianças, adolescentes e pessoas em geral, a fim de estimular em desenvolver, construir, reconstruir e aperfeiçoar o próprio conhecimento.

Nós podemos até ser limitados quando colocamos um ponto de partida e ponto de chegada em delimitar o conhecimento. Quando assim o expressamos e precisamos pragmatizá-lo, são necessários tais pontos. Assim também quando realizamos o procedimento aristotélico de tese, antítese e síntese (o velho Organon).

E assim a nossa reflexão chega na questão: o que é o conhecimento em si, além do que pragmatizamos nas nossas vidas.

Eistein dizia que mais importante do que o conhecimento para evoluirmos, é a imaginação. E com certeza, a imaginação auxilia nos insights da inteligência humana para evoluir o próprio conhecimento.

Se delimitarmos o conhecimento filosófico em si, ele está mais no campo da epistemologia, o que estamos estudando do que a gnosiologia, que é mais abrangente a respeito do conhecimento. Há quem diga que depende. Óbvio que o conhecimento filosófico é tanto epistemológico como gnosiológico. Dai, realmente, a sua complexidade com vários tipos de conhecimento (mítico, religioso-teológico, metafísico, científico-acadêmico e jornalístico).

Dutra remete o conhecimento sobre a necessidade de crer em algo, o que retorna na definição de Platão que conhecimento é crença verdadeira e justificada., o que parte de um ponto de vista mais subjetivo de algo que é conhecido, é algo que se creia, que faz o conhecedor afirmar algo específico. Neste sentido, uma pessoa que possua conhecimento sobre algo, esse algo precisa ser verdadeiro para ela e, portanto, a pessoa deve acreditar que ele é verdadeiro de forma justificada.

Saindo da questão complexa sobre crença, teve uma colega que me chamou a atenção que afirma de que o conhecimento é mais do que crença. E concordo com ela porque a ideia de crença remete de ser ou não possível o que se crê. O conhecimento é mais do que crer, é ter certeza e convicção de algo que se conhece (entende, compreende ou assimila).

Como o próprio Dutra escreveu: "A certeza que porventura tenhamos em nossas crenças não constitui evidência suficientemente forte para sustentar que algo seja verdadeiro

Ou seja, conhecimento exige mais do que crer, precisa ser provado mediante evidências e comprovações fatídicas.

Em termos práticos, o conhecimento nos proporciona certezas e convicções, mas que no campo filosófico, temos que questionar se tais certezas e convicções são averiguáveis em reafirmar na reflexão ou abrir novas possibilidades para sua própria evolução aperfeiçoamento. Isso é uma questão reflexiva a filosofar, pensar a respeito. É algo que pode proporcionar novos insights o que seja o conhecimento.

Aí, vem algumas pergunta: será que o conhecimento não é a construção da nossa própria realidade? Será que a realidade não é adesão que a nossa mente se remete a própria ilusão? Já pensou se o conhecimento que adquirimos pode estar equivocado e ser falso?? Essas perguntas são especulações metafísicas, que remetem um pouco ao idealismo platônico ou ao criticismo kantiano. Contudo, minha intenção maior é buscar ou tentar uma resposta de que o conhecimento é real e verdadeiro além do que possa ser para nossa mente como adesão da realidade.

Enfim, quero concluir neste momento em reportar o grande mestre Paulo Freire, que diz que todo conhecimento se constrói com pergunta, dúvida e questionamento. É algo que instiga o nosso pensamento, a nossa mente, a nossa consciência, o nosso cérebro.

Referências

CORTELLA, Mário S. A Escola e o Conhecimento. São Paulo: Cortez Editora,

DUTRA, Luiz Henrique de Araújo. Teoria do Conhecimento. Florianópolis: UAB, 2008.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez Editora, 2021.

JAPIASSU, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Martín Claret, 2008.

MEDITSCH, Eduardo. O jornalismo é uma forma de conhecimento? Florianópolis: UFSC, 1997.

MOSER, P. K.; MULDER, D. M.; TROUT, J. D. A teoria do conhecimento: uma introdução temática. Trad. M. B. Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2004..

PLATÃO. Apologia a Sócrates. São Paulo: Martín Claret, 2004.

RYLE, Gilbert. The Concept of Mind Londres: Hutchinsons University Library, 1951

Lúcio Rangel Ortiz
Enviado por Lúcio Rangel Ortiz em 08/12/2023
Código do texto: T7949872
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