Sei lá...

Um cenário conturbado;

De ilusionismo vilão,

Traz arrepio à alma...

E o que seria a solução?

Diluir o que não presta,

Tentar cortar as arestas,

E prestar mais atenção.

Coisa que nunca se viu,

A todo instante a chegar;

De velocidade alarmante,

Ali perto a desfrutar.

Seria o fim do braseiro...

Um aceno corriqueiro...

Ou o prazo a expirar?

E o que estava por vir,

Até a escala registrou.

E no silêncio da calada,

Ninguém viu nem se tocou:

Cada um segue a seu modo,

Se não me mata eu engordo:

Ou tudo isso é complô.

Pela tangente e sorrateiro;

Bem de fininho é a saída:

Boiada de estrada afora,

Numa ciranda atrevida;

O avião sem arremeter...

Jamais se pensa em descer,

Sem pressa sem despedida.

Imune à massa cinzenta:

De questão imprescindível;

E o leme desgovernado...

Instrumento desprezível;

Fator um tanto incomum,

Que não tem papel algum,

De destino imprevisível.

Mais parece um mar revolto:

Sem brisa sem calmaria;

Da bruma à nebulosa...

A enfurecida ventania;

Se poucos fazem o que é certo...

E a vida vira deserto...

Ai meu Deus quanta agonia!!

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 22/08/2022
Reeditado em 10/01/2023
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