o velho conto de fadas remasterizado.

o velho conto de fadas remasterizado.

irei contar uma historinha de conto de fadas:

há um tempão atrás, os homens se organizaram numa determinada parte do mundo, sob o comando de reinos absolutistas com as figuras dos reis e da nobreza.

para além da população servil, havia um grupo responsável principalmente pelo comércio de dos mais variados produtos e artefatos, assim como alguns produtores mais abastados, começaram a adentrar nos meios de poder, oferecendo todas as suas quinquilharias, que envaideciam as cortes reais.

percebendo isto, ao mesmo tempo que enriqueciam, enebriavam-os percebendo que não bastava ser ricos. eles queriam estar nos espaços de decisão e poderio.

mas por sinal, este era ocupado por um antigo regime, com suas bases rígidas e inflexíveis.

então como conseguir tomar posse deste espaço?

o canto da sereia: arregimentar a população para defender seus interesses escusos, como sendo relevantes e emancipador para todos,

há esqueci de apresentar tais personagens, viviam ao redor dos reinos, em lugares chamados de burgos, onde comercializavam e começaram a deter um poder da economia, além de que todos queriam ter seus produtos também.

daí a nominação desta classe social como burguesa.

e eles encheram a cabeça do povo (os servos), com a promessa de liberdade do poderio cruel e explorador dos reis absolutistas e da sua corte oportunista.

e disseminaram de tal forma o ódio e a revolta por entre os servos, que formaram um levante e destituíram seus reis e sua corte, numa luta sangrenta, a égide da liberdade, igualdade e fraternidade seria o lema deste novo tempo.

mas quem organizaria agora os novos tempos?

lógico que os burgueses convenceram ao povo "livre" e donos de suas vidas, que eles estavam mais preparados para organizar e representar à todos nessa nova ordem, o estado moderno, onde a produção e o trabalho determinaria a colocação social de cada um.

mas como eles haviam expulsos os reis, sentiram-se donos de todos os espaços, daí o povo não tinham nem onde ficar e para conseguir inclusive se estabelecer de alguma forma nessa nova ordem, teve que além de ser força de trabalho e produção, consumir tudo o que existia, pagando com o mísero pagamento que receberam e se sujeitassem às migalhas que conseguiam acumular do que restavam das suas ações "livres" remuneradas, digamos que bem simbolicamente.

enquanto os donos dos burgos refestelaram acima dos que foram usados, como massa de manobra, à servir seus verdadeiros interesses.

dessa justiça, que está sendo falada e replicada num determinado canto do mundo, onde com os velhos argumentos, uma parte da nação foi seduzida, por um lero lero, remasterizado.

este povo, começa a sofrer agudamente as consequências de se deixar atrair por promessas vãs.

fim desse conto de fadas, cheias de mitos e salvadores da pátria.

veremos como a história irá se desdobrar, daqui pra frente.

jo santo

zilá

ah! esqueci de um detalhe importante nessa história, havia um grupo também importante no antigo regime que também implicaria em um empecilho a mais a ser vencido: o clero, pois este detinha influência nas emoções, ímpetos e ações da população servil.

o que foi feito, se apropriar da religião, como fazendo o suposto pilar a guiar a nova sociedade, mas controlada pela burguesia, daí se tinha a população garantida pelo seu jugo.

funcionou em tempos atrás e a formulação se fez eficaz atualmente, ainda que fosse um projeto tão antiquado.

será que não é hora desse povo se instruir mais e tomar ciência do que é fundamental de verdade para si em todos os sentidos, inclusive dos valores concretos societários e religiosos, aquém dos interesses mesquinhos e usurpadores de alguns?

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 24/04/2020
Reeditado em 24/04/2020
Código do texto: T6927477
Classificação de conteúdo: seguro
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