AS SÁBIAS DESCOBERTAS DA VIDA

Uma das descobertas mas importantes que podemos fazer na vida é saber que podemos superar as crises e os processos de luto que passamos com uma consciência lúcida e desperta, sem necessariamente naufragarmos num sofrimento ''intransponível'' e ''insuperável''.

A resiliência é o nome que damos a capacidade do ser humano em lidar, de forma satisfatória e saudável, com problemas aparentemente insolúveis ou com dificuldades aparentemente intransponíveis.

Ao irmos na contramão das adversidades com a força de nossa dedicação, buscamos vislumbrar boas saídas para as catástrofes pessoais. Portanto, se torna imprescindível que lutemos sempre com aquela bravura inextinguível para que, no fim das contas, não sucumbamos a uma depressão ou, então, no vazio da ausência de sentido.

A resiliência vem a ser, de fato, uma arte para aqueles que não desistem de perseverar e de encontrar redenção e esperança em meio ao caos da vida moderna; junto dela, surge a intuição de que é possível nos recompor e nos reerguer até nos dias mais sombrios e inexoráveis.

Superar os grandes conflitos da alma através do perdão e da comiseração, é também uma das maiores conquistas do homem em confronto consigo mesmo e com o mundo no qual está inserido.

Sem a consciência das nossas limitações, não podemos fazer nada para reconhecermos as nossas potencialidades e os abismos de nossa alma. Em compensação, só podemos nos amar verdadeiramente se desenvolvermos primeiramente o pilar da nossa autoestima; em seguida, vem o desenvolvimento progressivo de uma aptidão para a compaixão, a caridade e o perdão, pois nada é mais libertador do que estar em paz com o nosso semelhante e nada mais rico para o ser de uma pessoa do que a sensibilidade para a redescoberta das motivações do seu próximo, ainda que os obstáculos culturais tentem abalar qualquer humanidade que possamos demonstrar por uma outra pessoa ou ser vivente.

Com efeito, a vida humana é um fenômeno em processo de contínua transformação e aprimoramento, no qual só termina quando, de forma inequívoca, imprevisível e inevitável, cumpre o ciclo de seu processo na terra. Ou, então, pode acontecer de deixarmos, ainda em vida, de ser aquilo que sempre almejamos, nos perdendo de forma profundamente resignada numa desolação absoluta e numa desmotivação generalizada. Mas enquanto houver vida, há possibilidades de ser; e enquanto houver coragem haverá, sim, esperança para ensaiarmos nossos voos mais sublimes de liberdade criativa.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 14/05/2018
Reeditado em 16/04/2023
Código do texto: T6336623
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