Semi mortas




Por entre as coisas jogadas ao chão,
ignoradas pelos ventos;
Seguia a flor, que embora morrendo,
naquela tarde...
Não se entregava fácil, a alguma coisa ainda ia se agarrando.
Aquilo, me distraía tanto e não haveria magia,
nas folhas, ou na dita flor,
se eu as soubesse,
O encanto estava no mistério.
Nem queria saber quantas  folhas,
à flor  se ajuntou,
Talvez falassem palavras ressequidas, semi mortas
como eu.
Se eu ouvisse o que entre si elas diziam,
_ Ah o que seria?
                                         Para dividirem sozinhas à partir dali, um triste final,
Onde virariam lama, depois poeira, rumo à imensidão do tempo,
Sem condições de brotar outra vez, no nada que é a vida,
Esse nada
dentro e fora da alma,
Que aflige,
Nunca foi e  nem será...
Ribanceira abaixo,
caiu a flor,
Sem rumo, sem  rio,
Sem riso, sem vida,
Desconhecendo a doçura do amor.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/06/2017
Reeditado em 20/06/2017
Código do texto: T6032573
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