Familiaridade na Linguagem

Sabemos da importância da linguagem para o home, como desenvolvimento básico diante da vida e de outros seres humanos, ou seja, interagindo frente a realidade. Mas partindo da importância da identidade, pressupomos a necessidade de uma identificação, que vai desde a língua materna, perpassando pelas nuances desenvolvidos no aprendizado privado e público.

A familiaridade com a linguagem, faz com que o reconhecimento a legitime, além de poder possibilitar uma visão acerca do sujeito e da forma como se relaciona com o mundo. Desde quando inicialmente, as primeiras formas fonéticas, influenciados por sons ambientais e claro, pela família, desde o colo materno, até a aproximação de pessoas próximas, possibilitando a captação desse sistema de áudio. Mas a linguagem não se restringe ao ouvido, onde a própria surdez demonstra uma outra perspectiva, onde o tato e outras formas, como a de visualizar, permitem também obter expressividades.

Essa intimidade criada com a linguagem, cria esse vínculo essencial ao processo de desenvolvimento. Quanto mais próximos, maior o grau de versatilidade, já que possibilita uma variabilidade das relações. Nos fechamos ao desconhecido num primeiro momento, sendo que a exploração aproxima, por termos a posteriori um contato mais amplo. A formalização de uma língua, cria esse distanciamento, apesar de aproximar uma grande porcentagem de indivíduos , já que padroniza o diálogo, mas também engessa a criatividade.

Aquilo que se denomina dialeto, nada mais é do que a própria língua e sua versatilidade, que vai desde os regionalismos, até as gírias, desde a expressividade de ódio manifestada por grupos que foram intimamente afetados, até as palavras ditas na cama na hora do prazer. Quando observamos um aluno na sala de aula, utilizando seu linguajar, não apenas observamos formas de reprodução daquele comportamento institucionalizado ou mesmo de matizes de uma suposta agressividade, mas a expressividade de sua própria cultura, a forma como sua linguagem se desenvolve e as suas raízes.

A linguagem formal cria a máscara da máscara, onde parecemos representar um teatro de informalidade que beira o ridículo, já que o fator relacional fará com sempre seja a linguagem de âmbito pessoal, pela necessidade dessa interação entre sujeitos. A linguagem cibernética é outra forma de tentar engessar, criar um padrão universal, embora as relações façam com que código, cada vez mais sofisticados venham dar uma dinâmica muito além daquilo que é possível categorizar.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 11/03/2017
Código do texto: T5937615
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