uma carta triste.

uma triste carta...

hoje escrevi uma carta que acho justo registrar em meus autos.

"santos, 25/11/2016.

...,

duas atitudes suas me fizeram repensar algumas coisas minhas.

'...' você disse que tolerava algumas posturas minhas, por mim.

daí dois pensamentos me vieram, primeiro que em qualquer outra situação não teria a chance de me aproximar de você e termos alguma possibilidade de amizade.

segundo pensamento é que no fundo o meu jeito de ser não lhe agrada, o que de certa forma já nos coloca distantes.

sempre tive comigo que quando temos uma amizade, o jeito da outra pessoa é o motivo de nos interessarmos por ela, justamente pelo jeito próprio de ser.

se algo nos incomoda,então há um problema no sentimento de amizade.

não estou dizendo com isto, que concordamos com todas as idéias de nossos amigos, mas naturalmente aprendemos a compreender seus motivos, e daí, se torna natural e não nos incomoda e sim torna-se algo peculiar.

a segunda (atitude), ao tentar te dar uma notícia, que iria te ajudar resolver (uma questão importantíssima, antes do tempo esperado), naquele momento, antes que te dissesse o que tinha para você, já me fez entender que estava ocupado e que dissesse o que queria.

daí entendi, que em parte do que me disse, pois inesperadamente já atendia compromissos naquele momento. mas em nenhum momento senti um movimento de querer dar um tempo para que pudesse dar um tempo para conversar contigo.

neste sentido me fez pensar que as prioridades são estabelecidas pelas pessoas e sempre respeitei isto, e por este motivo, como em muitas outras circunstâncias e com outras pessoas, de fato, na escala de prioridade a amizade que ofereço tem que esperar algum momento qualquer e disposição.

não sei se de repente, estou fazendo uma interpretação muito errada, mas depois de tantos anos e também por entender que quando queremos algo sempre há um espaço e damos um jeito para incluir na nossa disponibilidade e em nosso tempo, pelo menos procuro fazer isto, resta-me respeitar suas prioridades.

meu sentimento e minha amizade sempre estarão aqui, mas isto vem de mim e me pertence e não vou fazer com que tenha que lidar com isto.

sei que somos opostos e diferentes e não quero que estas diferenças, seja um problema qualquer.

eu acredito que pela sinceridade de minha amizade e sentimento por ti, faz com que precise colocar o que penso (ainda que seja momentaneamente), pois se não o fizesse, daí sim, trairia o que construí em mim com todo carinho e amor do mundo, pois são destes elementos sinceros que se faz uma verdadeira amizade.

desta forma, não peço que pensemos de maneira semelhante, mas uma coisa me faz te admirar, pois nunca em nenhum momento, não deixou de agir com sinceridade e de acordo com os seus sentimentos, procurando atender o que lhe é importante.

neste sentido reconheço que não trai seu jeito de ser, o que também aprendo e por isto, escrevo o que penso, para não trair o meu jeito de ser.

paulo jo santo

zilá"

obs.: carta escrita por volta das 06h00 de hoje e que corrigi alguns trechos, pois como estava ensonado, escrevi algumas coisas incompletamente, que não expressaram a idéia que quis colocar naquele momento. outro detalhe que a emoção turva a clareza da transcrição do pensado.

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 25/11/2016
Reeditado em 28/11/2016
Código do texto: T5834890
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