O quarto sentido

Quem me conhece, sabe mais do que eu mesma, o quanto me restringi a falar ou me abrir sobre meus próprios sentimentos.

Desde sempre, busquei outras maneiras de expressar isso. Numa folha qualquer, num caderno antigo, ou atrás das capas de caderno ou livros, já usei também os guardanapos mais próximos no momento!

Eu acredito que sempre há alguém em quem você possa confiar ou contar sobre sua vida, seus amores, suas paixões – falo no plural, porque sempre fui de tantos amores! (Não me interpretem mal, mas tenho as minhas paixões por coisas simples e que me cativa de um tanto inexplicável).

Mas, voltando... Desde sempre fui mais de ouvir, que falar. Se as pessoas tinham algo a dizer, eu estava lá, sempre estou; não importava se no final, elas iam perguntar ou não “como está a minha vida?” “O que ando fazendo de bom?” etc... Eu era/sou um depósito ambulante ou um divã! Não reclamo disso, gosto de poder ajudar. Às vezes as pessoas só precisam de alguém que as escutem. Eu que o diga!

O meu depósito sempre foi meus próprios pensamentos, minha caixinha de ideias malucas, sentimentos retidos, e, até eu descobrir um jeito de despejá-los, foi assim.

Rabiscos, palavras soltas, textos melancólicos, ou melodramáticos, românticos demais, ou uma coleção de livros... São coisas que me ajudam d i a r i a m e n t e.

Há uma frase: “Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar”.

Sem mais.