Uma reflexão distópica sobre o feminismo

Se você por algum acaso é uma daquelas pessoas que acreditam que homens não devam falar, tecer opiniões ou construir raciocínios sobre o feminismo pelo único fato de não serem mulheres, peço encarecidamente para que não leia este texto e vá fazer outra coisa, e, talvez no futuro, volte a lê-lo. Aplicando a lógica acima a demais esferas sociais, mulheres não poderiam falar(bem ou mal) sobre homens por não serem homens, nem poderiam elas dizer que "somente mulheres podem definir o machismo que as oprime", pois isso implicaria que somente homens poderiam definir o que é um feminismo ou femismo que hipoteticamente os oprimiria caso algum homem ou um grupo de homens decida que tais coisas os oprimem.

Pois bem, a partir daqui assumirei que você não encara o feminismo como um dogma que jamais deva ser questionado, analisado, e que você não tem receio de distopias. As mulheres que afirmam ser feministas se dividem em basicamente dois grupos: o primeiro é aquele ultramegalomaníaco em que há pessoas que afirmam sentir orgulho em andar na rua com as axilas cheias de pelos porque isso seria algo "revolucionário", "rebelde", que "questiona os padrões da sociedade" que lhes faz tanto mal. Acredite, sim, há pessoas que creem que não somente ter muitos pelos no suvaco torna-lhes revolucionários, mas também que coisas como: não tomar banho, se esforçar para adquirir traços do sexo biologicamente oposto, cortar o cabelo, trair o marido, sair às ruas sem roupa e uma infinidade de outros atos irracionais aos espectadores sejam coisas igualmente revolucionárias, que ensinam uma lição ao "resto da sociedade", mostrando ao mundo como estas pessoas que possuem tais hábitos são "livres". Os membros deste primeiro tipo de feministas não raramente pregam absurdos como a castração de homens, que todo homem é um "estuprador em potencial", e, de forma surdina, creem piamente numa certa superioridade do sexo feminino. Sim, sei que uma feminista neste momento me pediria para não confundir o advento do feminismo com o femismo, entretanto, é importante salientar que este primeiro grupo de feministas são precisamente isso, feministas em palavras, mas femistas em ações, e, de fato, são uma vergonha para qualquer feminista sensato(a), não fanático(a). É importante notar também, que a imensa maioria de líderes de movimentos feministas ao redor do mundo pertence exatamente a este grupo extremista radical de feminismo. Prova disso é a existência de movimentos como o FEMEN e a Marcha Das Vadias. O segundo tipo de feminista, o mais moderado, é aquele(a) que, não é, digamos, "radical", mas que afirma reconhecer que as mulheres são tratadas de forma injusta pela sociedade, e creem que os homens têm sido beneficiados através das eras pela herança do que as feministas chamam de patriarcado, uma força quase mística que, segundos os(as) feministas, impera na sociedade ocidental através das eras de forma cultural, e que estritamente beneficia os homens, de forma que, segundo eles(as), a sociedade impõe valores diferentes para homens e para mulheres, como por exemplo, em caso de as mulheres terem relações com diversos homens, serem denominadas "putas", enquanto que homens, ao se relacionarem com diversas mulheres, são vistos como reis.

Entre as pautas convergentes entre os dois tipos de feministas, estão coisas lindas, tais como: salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função; mulheres não devem ser discriminadas no mercado de trabalho e suas oportunidades não devem ser limitadas ao papel de gênero que a sociedade lhes impõe; não é obrigação da mulher cuidar da casa, dos filhos e do marido; os afazeres domésticos e o cuidado com as crianças devem ser de igual responsabilidade para homens e mulheres; nenhuma mulher é uma propriedade; não importa como uma mulher esteja vestida, o culpado pelo estupro é sempre o estuprador; papéis de gênero são construções sociais e não verdades naturais e universais e etc. Estas citadas, são pautas que, tanto feministas "radicais" quanto feministas "moderados(as)" afirmam ser simpatizantes e defender, mas há uma razão para isto. Na verdade, qualquer pessoa com o mínimo de humanidade, ao ler tais reivindicações de bate-pronto, de forma quase que instantânea, como num reflexo, sente-se inevitavelmente conduzido a concordar com elas, pois as palavras usadas nestas pautas parecem buscar o bem. "Mulheres devem ter salários iguais aos homens que exercem a mesma função", por exemplo, é uma frase que aparenta buscar a igualdade, a justiça, a dignidade de um grupo social que não consegue detê-la. Que demônio poderia ser contra isso? O jornalista Olavo de Carvalho possui um artigo chamado "A palavra-gatilho", no qual ele explica que palavras-gatilho, são aquelas palavras que se você as encaixar dentro de um determinado contexto, elas poderão fazer o interlocutor acreditar que, independente do que aconteça quando tal contexto for posto em prática, a prática deste contexto é nobre, verdadeira e necessária, afinal de contas, palavras que soam lindamente aos ouvidos de um interlocutor, isto é, palavras-gatilho, tais como "igualdade", "liberdade", "dignidade", "direito" e etc, tem a capacidade de transformarem o contexto em algo aparentemente positivo independente dos prováveis resultados das ações citadas postas em prática, de forma que somente um demônio em pessoa poderia discordar de tais pautas cheias de nobreza, embora de forma oculta, uma nobreza provada falsa e espúria quando posta em paralelo com os fatos. Estas pautas que tanto feministas moderados(as) e radicais afirmam lutarem por, são exatamente isso, contextos com palavras-gatilho, expressões-gatilho. Existe uma forma de você não ser enganado por um contexto com palavras-gatilho, e esta é estudando, fazer uma análise completa da frase na qual residem as palavras-gatilho, identificando o real significado do que a frase realmente quer dizer, e, se as premissas argumentativas são de fato verdadeiras. É exatamente isso que farei com estas pautas feministas que citei. É claro que existem infinitas delas, por isso citei algumas pautas famosas, de forma que não será possível aqui analisar cabalmente a todas as pautas feministas existentes no mundo, caberá ao leitor desmistificar as palavras-gatilho embutidas nas pautas de seu interesse crítico, e, obviamente, não somente às relacionadas com o feminismo.

1. Salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função.

Esta pauta parece digna, afinal, teoricamente requer a igualdade entre os sexos. No entanto, é importante notar que a premissa oculta nela seja falsa. Não se pode afirmar que as mulheres não ganham mais do que homens que exercem a mesma função, mas também não se pode afirmar que ganham menos. A verdade é que há mulheres que ganham mais que alguns homens, enquanto outros homens ganham mais que outras mulheres, ou ainda que outros homens. É importante perceber que o salário de um empregado é determinado por outros fatores, como o tamanho da empresa, a região em que se trabalha, a produtividade, a escassez de habilidades específicas e a negociação, não o sexo da pessoa. A negociação, inclusive, é um fator determinante do salário de um empregado, e que é determinado a nível individual. Não há negociação feita entre "mulheres e patrão", nem entre "homens e patrão", mas sim, entre o indivíduo, seja ele homem ou mulher, e o patrão. Estou eu dizendo que as mulheres não negociam tão bem quanto os homens? Humm... não, pois outro ponto a ser salientado é que, mulheres não ganham menos que homens de forma absoluta, nem o contrário, e, se fizermos uma rápida pesquisa sobre os dados de salários entre os diferentes sexos, veremos que os números que circulam na mídia sobre a diferença de salário entre os gêneros são obviamente falsos, visto que estas estatísticas mudam mais seus números do que mulher muda de roupa. (frase machista)

No site do instituto Mises por exemplo, há a referência de um estudo da Fundação de Economia e Estatística(fontes abaixo) que mostra que somente 7% das diferenças salariais não podem ser explicadas pela diferença de produtividade, o que evidencia que há sim um padrão salarial no mercado, e que, as diferenças salariais existentes estão mais relacionadas a fatores como a negociação individual, a empresa em si e a produtividade do que simplesmente o sexo do empregado. Isso pode também ser facilmente confirmado por qualquer um, afinal de contas, quando vamos a sites de busca de emprego como a Catho, o vagas.com e etc, os salários das vagas são definidos antecipadamente. Não há descrições de vagas do tipo "analista de dados júnior: R$2000,00 para homens, R$1700,00 para mulheres", mas sim, tanto homens quanto mulheres podem competir livremente para as vagas indicadas, sendo que as mesmas já possuem salários definidos e um teto salarial específico independentemente do indivíduo que se inscrever para competir pela vaga, o que demonstra que até mesmo na prática do nosso cotidiano, conseguimos atestar que um suposto "preconceito contra o salário das mulheres" no mercado de trabalho simplesmente não existe. O patrão, visando o lucro, gostará de pagar o menor valor possível dentro das metas e padrões das empresas a seus empregados, seja homem, seja mulher, e, consequentemente, se os patrões realmente pagassem menos pelo serviço de mulheres, como afirmam movimentos feministas, sem dúvidas, todos os patrões gostariam de fornecer vagas somente para mulheres, pois sua lucratividade seria muito mais alta, mas como as hipóteses dos movimentos feministas não têm lógica, eles afirmam exatamente o contrário, que os patrões pagam menos para mulheres, ao mesmo tempo que as mulheres têm mais dificuldade para se adentrar no mercado, o que seria em si, uma contradição de termos devido à lógica mercadológica de contratação de serviços.

2. Mulheres não devem ser discriminadas no mercado de trabalho e suas oportunidades não devem ser limitadas ao papel de gênero que a sociedade lhes impõe.

Acabei de analisar o porquê um suposto "preconceito machista" contra mulheres em geral por parte do mercado de trabalho não existe, portanto vou me focar no argumento de que "as oportunidades das mulheres não devem ser limitadas ao papel de gênero que a sociedade lhes impõe." Bem, na sociedade, de fato existem tipos de trabalho que são classificados como mais propícios "para homens" ou "para mulheres". No entanto, não se pode deixar despercebido em primeiro lugar, que isso tem muito mais a ver com a observação de características biológicas por parte da sociedade através das eras do que por um "preconceito machista" ou por uma força mística monstruosa operante chamada patriarcado. Os homens são, via de regra, biologicamente mais aptos que as mulheres em algumas atividades, ao passo que as mulheres superam os homens em outras. Tarefas que exigem físico, força e partes do cérebro que utilizam cálculos de geometria espacial são geralmente melhor executadas por homens, ao passo que tarefas que exigem mais concentração, captação de detalhes, resiliência e paralelismo de atividades são melhor executadas por mulheres. Com o tempo, não somente uma sociedade primitiva, mas diferentes sociedades antigas que nunca se encontraram uma com a outra para implantar o "plano malvado do patriarcado" se aperceberam disso, e decidiram se organizar encaixando homens em atividades como caça e guerra, e mulheres em atividades como artesanato, educação de filhos e gastronomia, e não por preconceito, afinal, se o fato de alguém ir para uma guerra em meu lugar enquanto eu ficasse em casa fosse sinal de preconceito, eu não veria nenhum problema em ter preconceituosos à minha volta. Aliás, a ideia de que a "sociedade impõe" tal tipo de preconceito atualmente simplesmente não se sustenta diante dos fatos, o que ocorre é que a diferença biológica entre os gêneros nos interesses masculinos e femininos são percebidos e praticados de forma consciente e inconsciente por ambos os sexos até hoje. No mundo ocidental atual, se uma mulher quiser estudar para se tornar professora de matemática, doutora em física, analista de sistemas, executiva, economista e etc, simplesmente ninguém irá impedi-la. Cada indivíduo luta para se tornar aquilo que bem entender, e não deve ser cooptado a isso com dinheiro dos outros de forma forçada. Lutar pela ocupação de espaço por mulheres em nichos de mercado em que elas são minoria de forma forçada, como através de cotas e incentivos com dinheiro público (dinheiro dos outros) para mulheres que optam pela carreira A ou B, é por definição tão idiota quanto lutar pela ocupação de espaço por parte dos homens nos nichos de mercado em que eles são minoria. Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, mostra por exemplo, que as mulheres representam a imensa maioria de professores no país. Será isso preconceito contra homens? Será que os homens não são capazes de estudar para se tornar professores ou não sabem dar aula? Não, simplesmente, as mulheres que são professoras usaram sua liberdade de forma que quiseram se tornar professoras, ao passo que os homens nem tanto. Além disso, é importante notar que a maioria dos trabalhos considerados como "oprimidos" pela sociedade, como garis, lixeiros, pedreiros, encanadores e etc, são realizados em sua imensa maioria por homens, e não há nada de machista nem feminista/femista nisso.

3. Não é obrigação da mulher cuidar da casa, dos filhos e do marido, os afazeres domésticos e o cuidado com as crianças devem ser de igual responsabilidade para homens e mulheres.

Isso é verdade, é por isso que é permitido por lei em qualquer país do ocidente, a qualquer mulher, buscar com seus próprios recursos (ou com recursos de seus familiares), estudo e o emprego que lhe aprouver. Caso o "machismo" ocorra dentro de casa, na família, não é dever do Estado interferir e/ou investigar como os maridos tem tratado suas esposas e vice-versa, mas sim, cabe à mulher(indivíduo) a responsabilidade de conviver ou abandonar alguém que ela queira, seja quem for. Se ela não "aguenta o machismo do homem", ela é livre para ir embora há algumas décadas, o que torna a pauta obsoleta.

4. Nenhuma mulher é uma propriedade.

Novamente, a pauta é obsoleta. A escravidão foi abolida no Brasil em 1888, inclusive foi uma lei sancionada por uma mulher, mas caso uma mulher deseje ser considerada propriedade de alguém (talvez do marido), e se deseja que o marido se considere sua propriedade também, ela é livre para desejar isso e agir conforme queira diante deste desejo.

5. Não importa como uma mulher esteja vestida, o culpado pelo estupro é sempre o estuprador.

Eu particularmente concordo com esta frase. Inclusive estendo a significância dela para "Não importa o que a vítima fez ou faça, o culpado por um assalto é sempre o bandido". Ocorre no entanto, nos meios sociais, uma discussão em relação ao fato de que o grau de promiscuidade que as roupas que algumas garotas utilizam possa servir de incentivo aos estupradores para que cometam estes atos horríveis. Boa parte da população argumenta que o uso de roupas extremamente extravagantes e propositadamente provocativas, sirva de estímulo para que bandidos, sexualmente descontrolados, venham a cometer tais crimes, ao passo que o movimento feminista argumenta que as mulheres tem o "direito" de se vestirem como bem entendem. Bem, neste caso, me limitarei a argumentar que o que falta ao movimento feminista são coisas como prudência, conscientização e, novamente, lógica. Certamente, como já disse que concordo, a culpa pelo estupro não é da pessoa que anda semi-nua na rua. A questão é que, é necessária uma conscientização individual das pessoas em relação à realidade, de que, infelizmente, assim como bandidos, estupradores existem. Hoje, as pessoas têm todo o direito de andarem semi-nuas nas ruas. O ponto é que, a partir do momento que se reconhece a existência de estupradores em nosso meio, uma mulher andar semi-nua na rua, certamente não é a atitude mais sábia a se tomar. "Mas a mulher tem o direito de andar semi-nua!", talvez alguns argumentem. E é verdade, elas têm mesmo, assim como têm a possibilidade de sofrer consequências trágicas por isso, portanto, cabe à mulher fazer esta escolha entre a prudência e o direito de andar semi-nu. Gostaria de deixar claro que não sou contra mulheres semi-nuas na rua não, por mim poderiam estar todas nuas, certamente meus olhos se sentiriam felizes por isso, o ponto é que esta é uma questão social que pode criar cicatrizes devastadoras para as próprias mulheres. Para esclarecer meu ponto de vista sobre o assunto, farei uma analogia entre o estuprador e o bandido, visto que segundo a própria lógica, sempre são os culpados pelo ocorrido: as feministas afirmam que as mulheres têm o "direito" de andarem semi-nuas(embora sejam contra o que chamam de "objetificação da mulher", mas como dito, não busquemos muita coerência no movimento), assim como qualquer pessoa tem o "direito" de carregar dinheiro consigo ao andar na rua. Mas é interessante notar, que, se andarmos na rua carregando um montante considerável de dinheiro numa sacola de plástico, à vista para um bandido, certamente isso irá aumentar a probabilidade de sermos roubados. Caso alguém afirmasse peremptoriamente que todos têm o "direito" de andar na rua com o dinheiro à mostra, e que em eventuais assaltos sob essas circunstâncias os culpados pelos males do mesmo são sempre os bandidos e nunca a vítima, esta pessoa estaria igualmente certa. No entanto, a partir do momento que estamos conscientizados de que há bandidos em nosso meio, será que seria uma decisão inteligente andar com o dinheiro à mostra? De forma retórica, o leitor pode chegar à conclusão. Da mesma forma, as mulheres, sabendo que há estupradores entre nós, podem, assim como alguém que anda com seu dinheiro à mostra, se sentirem à vontade para andarem como quiserem, somente é dada a ressalva e o alerta, de que ela pode ser mais inteligente e prudente.

6. Papéis de gênero são construções sociais e não verdades naturais e universais.

O movimento feminista não se contenta em ir contra a lógica, ele também sente a necessidade de ir contra a biologia. Biologicamente, homens e mulheres possuem pré-disposições genéticas e bioquímicas diferentes. Isso em si já evidencia que os papéis de gênero não são somente construções sociais, mas que são também verdades naturais, isto é, intrínsecas na natureza, e, exatamente por perceber estas verdades naturais que diversas sociedades ao longo do tempo classificaram determinados papéis sociais para homens e mulheres, como já mencionado. Mas é importante mencionar também, que, no século XXI, nenhuma mulher é obrigada (senão pelos pais em relação a uma menina que não é responsável legal de si, e o papel da família deve sempre ser respeitado, de forma que não devemos ditar como os pais devem educar seus filhos, nem outros ditarem como devemos educar os nossos) em sua vida a viver de um modo X ou Y, e exatamente por isso que existem diversas mulheres que vivem de forma oposta ao que a sociedade considera como valor feminino por conta própria, citei por exemplo o caso das feministas que gostam de deixar os pelos das axilas crescerem e etc, o que torna esta sexta pauta também obsoleta.

Tendo a "bondade" destas pautas citadas desmistificadas e verificando que as premissas que as englobam não são verdadeiras, podemos nos perguntar: por que há grupos que lutam por elas? Eles acham mesmo que as mulheres são injustiçadas de forma sistêmica? Bem, como já mencionado, o grupo que domina as frentes do movimento feminista, é aquele mais radical, das mulheres que deixam os pelos das axilas crescerem e protestam nuas na rua. É de conhecimento público que existem partidos políticos que liberam verbas públicas para que estes movimentos existam, de forma que tais movimentos venham a sair em defesa e acrescentar militância aos partidos políticos que os concedem tais verbas e que estão mais alinhados com sua "agenda". É por isso, por exemplo, que há casos como o da presidente do movimento negro dos Estados Unidos "Black Lives Matter", que era branca e se pintava de negra pra poder ser presidente do movimento. Lembrando que estamos falando aqui do primeiro grupo, o radical, a liderança do movimento feminista, os que recebem dinheiro público para existirem com seus movimentos. O segundo grupo, que é daquelas pessoas mais "moderadas", representa a mulher que piamente acredita que as mulheres são injustiçadas no mercado de trabalho e nas outras instâncias que analisamos, simplesmente por serem mulheres. Elas creem nisso exatamente por conta do movimento feminista, que lhes dão um efeito placebo e as faz acreditar que, quando não conseguem um emprego, não é porque não se adequaram à vaga, mas é porque são mulheres, que tudo é mais difícil para elas por serem quem são, que o mundo está contra elas e etc, produzindo um sentimento confortável de alívio, usando como base argumentativa as falácias que escrutinamos acima, fazendo assim com que cresça um senso comum de que as mulheres devem lutar contra tais coisas. De fato, parece confortável haver alguém para nos tirar todas as responsabilidades individuais que devemos ter, ou para justificar nossas possíveis decepções. Com este princípio, as lideranças do movimento feminista se utilizam de falácias, de palavras-gatilho e de dados inverídicos com o fim de unir mais pessoas à fila feminista, que como consequência fornece às lideranças do movimento, respaldo político, e, consequentemente, mais verbas públicas.

"Mas e as conquistas das mulheres? Elas conquistaram o direito ao voto e etc!". Bem, é verdade que no ocidente o papel da mulher se tornou mais digno. O voto feminino no entanto, não foi conquistado somente graças a movimentos feministas do passado. No Brasil, por exemplo, a primeira mulher a votar foi Celina Guimarães, que dedicou seu voto a seu marido, que era advogado e lutou muito para que ela pudesse votar, não a movimentos feministas. Resumidamente, podemos afirmar que conquistas femininas não são conquistas feministas, até porque a maioria das mulheres não se consideram feministas. Felizmente, o movimento feminista já tem perdido espaço nos lugares mais civilizados do mundo, como na Grã-Bretanha, onde apenas 7% dos ingleses, irlandeses, escoceses e galeses se consideram feministas, pois as pessoas já estão percebendo quão obsoleto o movimento feminista é, e, se podemos considerar que antes, um(a) feminista estava preocupado(a) com coisas importantes como a conquista do voto e outras pautas igualitárias, hoje os(as) feministas já se apresentam preocupados(as) com coisas estapafúrdias e até risíveis, como protestar contra a ideia de marketing da empresa Kinder de fornecer uma linha dos brinquedos Kinder Ovo com embalagens da cor azul para meninos, e rosa para meninas, clamando que esta jogada de marketing fazia da empresa Kinder uma empresa "sexista" e "machista". Resumindo, não há problema em ser feminista, o problema é lutar por práticas obsoletas que atrasam o desenvolvimento social em pleno século XXI, e pior, afirmar ser feminista e lutar por igualdade civil, protestando muitas vezes de forma desrespeitosa para com a liberdade dos outros por pautas femistas que beneficiam não a sociedade em si, mas os próprios movimentos feministas.

É inegável que o machismo existe, mas é um erro tremendo, às vezes cometido de forma proposital, afirmar que "a sociedade é machista". O machismo existe na sociedade de forma local, não total: existe num pai de família que diz que sua filha tem obrigação de cumprir com os afazeres de casa enquanto que seu irmão não, num namorado que decide de forma coercitiva como sua namorada deve se vestir ao invés de conversar com ela a respeito e ver se ela está disposta a dar o braço a torcer por ele, e assim por diante. Da mesma forma, a sociedade não é femista, mas o femismo também está presente na sociedade de forma local: num sogro que acredita que seu genro tem 100% de obrigação de sustentar sua filha e sua família enquanto sua filha possui 0% dessa responsabilidade, nas cotas para mulheres em diversas áreas em que há um número maior de homens atuando ao passo que não há cotas para homens nas áreas em que mulheres atuam em maior número, na obrigação de serventia ao exército ao passo que o sexo oposto não tem tal obrigação e etc. Pode-se concluir portanto, que há sim machismo em partes locais da sociedade, mas que não cabe a nós dizer a outras pessoas como elas devem viver suas vidas. Devemos lutar para que crimes como o estupro sejam combatidos, mas não devemos invadir o campo de ideais dos outros a ponto de ditar a sogros como devem tratar seus genros e a pais de família como devem criar suas filhas. Certamente, defender e/ou participar de movimentos femistas que eufemisticamente se intitulam de feministas tendo como alvo obter verbas estatais, não é o caminho, assim como deixar de cortar os pelos das axilas não é um grande passo para a humanidade.

Fontes:

Artigo Instituto Mises:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2093

Mulheres são imensa maioria de professores: http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI36749-9531,00-PESQUISA+MOSTRA+QUE+MULHERES+SAO+MAIORIA+ENTRE+PROFESSORES+DE+ESCOLAS+PUBLI.html

Movimento Feminista no Brasil recebe R$ 1.403.629,14 de repasse de dinheiro público:

http://spotniks.com/estes-7-movimentos-sociais-apoiam-o-governo-e-receberam-estes-repasses-do-bndes-e-da-petrobras/

Mulher se finge de negra para ter acesso a programas de ações afirmativas:

http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2015/06/eua-advogada-branca-que-se-passou-por-negra-intriga-movimento-negro

Somente 7% de bretões se consideram feministas:

http://www.telegraph.co.uk/women/life/only-7-per-cent-of-britons-consider-themselves-feminists/

Movimentos feministas fazem protesto contra empresa Kinder, chamando-a de "machista" e "sexista" por ideia de marketing da empresa:

http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2013/03/apos-ser-chamado-de-sexista-kinder-ovo-diz-respeitar-diferentes-opinioes.html

Pseudoobjetivista
Enviado por Pseudoobjetivista em 06/05/2016
Reeditado em 19/03/2021
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