AS MIGRAÇÕES DA ALMA  - (Reprise)


Na ponte da vida, a morte está sempre a espreita.
O final dessa ponte, nos leva a encontrar o outro lado da vida, que equivocadamente chamamos de morte.
Nascer, morrer, renascer, para evoluir, eis a grande proposta do viver, aqui ou acolá.

Quando na roupagem física, seguimos carregando um corpo de matéria densa, que serve de casulo para albergar o Espírito que somos.
Temos esse vaso físico, por algum tempo. Nenhum de nós detém o poder de saber por quanto tempo.
Com a chamada morte, despimos essa veste física, e seguimos viagem com uma roupa bem mais sutilizada, por isso invisível aos olhos. Nesse estado, o Espírito mais leve, regozija-se. Então, revestido de seu Perispírito segue em frente.
Se for possuidor de conhecimentos valiosos, e índole boa, sabe ele, que se despiu da carne, e nem sequer olha pra traz.
Mas, se menos instruído das Leis Imutáveis que regem o Universo, chora, lamenta, e se agarra aos despojos do que, restou do corpo que lhe serviu de morada. 

A cada viagem, recebe uma roupagem nova.
Para cada uma que inicia, chega com o passaporte carimbado com a data de retorno, mas isso, fica-lhe oculto.
Quando em estada reencarnatória, o sucesso de sua empreitada, vai depender unicamente de suas escolhas. E da maneira como acata os acontecimentos da vida. Por isso o livre arbítrio, é atributo precioso de cada um.
Quase sempre, ao atravessar a ponte para mais uma vida física, o Ser, reencontrará antigos amores, construídos ao longo das trajetórias vividas, em priscas ou recentes épocas.
Reencontrará também, alguns desafetos do passado. A finalidade desses reencontros, é reaprender lições mal vividas.

Com a nova vestimenta, os Espíritos somente se reconhecem atendendo ao apelo da sintonia e afinidade. Vibrando em ondas de frequência semelhante, sofrem a ação da Lei de Atração. Estejam eles, onde estiverem, buscam-se.
Assim, uma nova etapa reiniciam, de uma história antiga.
O que farão de mais um capítulo do livro infinito da vida? Dependerá da livre escolha de cada um.

Um dia porém, cada um irá cruzar novamente a imensa ponte, fazendo o caminho contrário do início, e aí o fenômeno que atende pelo nome de morte, se fará presente.
E do outro lado da ponte, invisível aos olhos menos atento, continuará o Espírito sua longa jornada.
Seu alvo ? Sem dúvida, a Evolução Relativa. Que lhe dará condição de fazer parte de uma dimensão, onde a felicidade é estado permanente entre os habitantes.



(Imagem: Lenapena)

Obs.: postado em 31/03/2012 pela primeira vez
Lenapena
Enviado por Lenapena em 18/02/2016
Reeditado em 18/02/2016
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